quarta-feira, outubro 31, 2007

VERSEJANDO

Procuro em toda a parte palavras novas
Investigo aqui e algures onde as encontrar
Invento, com o sentido de que sejam provas
Que todo o meu escrever é a raiz de te amar…

Junto todas as letras e construo o sentir
E separo frases para construir interrogações
Sem querer respostas, para não ousares mentir,
Para continuar a preencher estas minhas ilusões…

Agora, que tarde chega o que queres dizer,
Em que os teus encantos navegam noutra sorte,
Sem que queiras, vais deixando perceber
Que pelo rio abaixo, vais em busca do teu norte…

Ai que nesta pesquisa imparável e constante,
Onde as palavras surgem como novidades,
Sinto que perdi os sonhos na maré vazante
Perdendo meus traços para outras tuas realidades…

30.10.07

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SIM


Não sei
O que sei é vago
Mas não to direi
Só sei que sei
Que nem quero o teu afago…

Não sei
Não sabe ninguém,
Mesmo sabendo não direi
Que é o que te convém…

Não sei…
Não sei se ainda espero,
Mas apenas direi
Que já não te quero…


20.10.07


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terça-feira, outubro 30, 2007

YOUR MUSIC

This poem is for you
My secret love
My wind dancer
I thank you…
You are my dream
So I thank you for this music
That’s inside my soul as a scream …

Thanks!
I imagine how deep your love is
So, believe me
And take these roses…



30.10.07

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segunda-feira, outubro 29, 2007

“ÓLEO SOBRE TELA”

A tela branca é um convite velado
Para que o traçado revele minha cor
E em cada pincelada o sonhado,
O oferecido, que dá o meu amor…

A mistura das tintas num aveludado
Deixa desenhos; dos lábios o sabor
E no branco tingido, fica assinalado
O polígono irregular que é a minha dor…

Cinzento, preto e vermelho sobreposto
Num sombreado entre a alma e o rosto
E em que deambulas com a tua realidade.

Estarei ansiosa pelo eterno desconhecido;
Pela embriaguês de pintar o teu querido
Ou pintar abstractamente esse ser amado…



29.10.07

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“CRUZ…”


Mudou a hora!
A sombra continua a ser o enigma da luz
Atrás da cruz …
Algo que me seduz,

Em prece como quem adora
Numa plena admiração
Como afeição
Ou só ilusão
… … … …
No tempo que chora,
Na sombra eterna
Com a alma como uma caverna
Ou apenas um amor que hiberna….
… … … …
Não! Apenas sombra
A sobra que quero esquecer
Porque só faz sofrer
E deixa um frio de morrer…



28.10.07

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sábado, outubro 27, 2007

“OBLIQUIDADES”


Assim, na beleza do infame,
Brilhante mas demolidor,
Cintilante,
Audaz,
Mas arrepiante
Quando metaforicamente dizes
O que satisfaz
À doce debutante
Que incendeia teu ser
E que em amor se desfaz
E em ternuras de amante
Para te dar prazer
Fica plantada no ermo
Qual árvore solitária
Despida de si, ausente
E isolada
Como demente
Por não conseguir dizer
“Como te amo!”… …

27.10.07

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sexta-feira, outubro 26, 2007

“PALAVRAS ENTRANÇADAS”

O entrançado dos meus sentires
Deixa a minha alma algo confusa
Como os fios, os medos passam entrelaçados
E o certo e o incerto de me preterires
Faz de mim aquela já morta musa
Que se cruza contigo em todas as encruzilhadas…

Em cada noite teço sonhos e pesares
Num constante manusear dos fios
Que fazem crescer a trança do amor
E no passar dos fios da dúvida de me amares,
Ficam num todo, os espaços vazios
Que irregulares, vão sendo preenchidos pela dor…

São cânticos divinos os fios que teço,
Que vou deixando deslizar nas minhas mãos
Como promessa para milagre impossível…
E o reconhecer, tão horrível, que não mereço
Que um dia venhas emocionado pela paixão,
Faz com que teça a trança do inatingível…

26.10.07

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quinta-feira, outubro 25, 2007

“A VERDADE”


Já não sei se as palavras são gestos
Ou se os gestos são palavras silenciosas
Mas assim, ou como queiras, são protestos
São toda uma amálgama de coisas odiosas…

Para mim os teus silêncios são funestos
Mesmo quando trazes as cestas de rosas
E corres de sorriso e braços abertos;
Não passas de páginas lidas e saudosas…

Em frente à estátua nua da verdade,
Onde inspiro este momento de realidade,
Ficam estas palavras tristes, sem significado…

Em frente à estátua nua da verdade,
Fica mais um suspiro da minha saudade
Por quem tanto esperei e foi o meu amado…


25.10.07

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quarta-feira, outubro 24, 2007

“COMO UM AFAGO NOCTURNO”

Eu sei que vens aqui ler este poema
Como quem vem ler uma oração
Vens aqui em romagem de saudade.
Vens ler toda a minha escrita…
Lês-me como quem resolve um teorema
E crês no meu amor com devoção
E até aceitas a minha verdade
E… também a minha desdita…

Eu sei que são lágrimas esta poesia
E que o que escrevo tem muita dor,
Mesmo quando me abraças fortemente
E me chamas de tua querida…
Mas por ser apenas a minha fantasia
E nunca o teu amor…
Minha alegria é intermitente
Porque no íntimo, sou sempre preterida…

Podia sentir-me feliz e cantar glória
Mas a incerteza comanda a vontade
E todo o meu sentir é imagem ilusória
Que desperta aquela velha saudade…

Na ultima linha desta poesia
Deixo-te todas as palavras e a flor
Que te vai recordar este dia
E todo o meu amor…

24.10.07

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“APENAS UMA FLOR”

Corta-me a garganta um grito dilacerante
Fino como o uivo de um lobo selvagem
E a minha mente algo confusa, delirante,
Procura incessantemente a tua doce imagem.

Um choro compulsivo no meu olhar errante
E eu perdida, como ao encontro da miragem
Que povoa minha alma já sem semblante
Porque me consumi, quando perdi a coragem.

Os gritos desta alma à deriva, já sem gente
São lamurias doloridas de alma pungente,
Porque meu amor deixou-me em solidão…

Apenas uma flor no meu frígido peito
Sem um adeus, sem um beijo a teu jeito,
Para não mais sofrer sem a tua paixão…


23.10.07

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segunda-feira, outubro 22, 2007

“(A)DEUS MEU EXISTIR”


O palco rectangular e ovalado
Onde piso, com os lábios a sorrir,
Onde me exibo com ar mascarado,
Onde nunca te vejo quando o pano subir…

De um lado para o outro, andar ondulado
Vejo gentes felizes para me aplaudir
Mas todo o gesto é o meu lado disfarçado
Porque minha alma não pára de carpir…

Que deus me fez dizer adeus ao amor
E me dá toda uma existência de dor
Para tu e todo o povo se divertir?...

Que adeus tenho de dizer constantemente
Quando tudo, sem teatro podia ser diferente
E nunca ter de renunciar ao existir…


22.10.07

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“MORTE”

Com sorte,
Imaginação
E ansiedade,
O meu porte
Jamais será um senão
Que me leve à morte.

O meu porte,
Teu desdém
E as letras
Dão-me a sorte
De haver alguém,
“o das tretas”
Que me leva à morte…

Palavras são o teu forte,
Cheias de malabarismo
Para me repudiar
E me deixar sem norte…
Em frente há o abismo,
Por te amar
E que me leva à morte…


22.10.07

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“ESPIRAL DE PALAVRAS”

As palavras vão em espiral
Como os fumos nas queimadas
Elevam-se como uma figura ideal
Como os sonhos das apaixonadas…

As palavras enrolam-se em espiral,
Como as danças bem coreografadas,
Mas palavras de dor, são um mal;
E com palavras, as dores são vingadas…

Muitas palavras em espiral, sem sentido,
Vão deslizando de um querer mal contido
Que é aquele que sinto por te amar…

E mais palavras numa espiral sem fim,
Que te vão fazendo rir de mim,
Mas que não me vão conseguir calar…


19.10.07

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sexta-feira, outubro 19, 2007

GEOMETRICAMENTE INCONSEQUENTE


Entre polígonos, esferas e ovais
Por entre cubos, triângulos e tracejados,
Riscando a tinta da china diagonais,
Vou desenhando meus amores abandonados…

Perdida entre carvão, grafite e outros mais,
Faço sombras em castelos desmoronados,
Acho valores em raízes quadradas anormais
Nos degraus escorregadios, por mim desenhados.

Na boca deposito-te polpa de fruto carnudo
E massajo teu queixo redondo, bojudo
Com todas as delícias de amores carnais…

E esquecida que foi a borracha para apagar
Faço de ti um esboço para eu brincar
E depois ofereço-o a quem te ame mais…


19.10.07
12H45

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“NA NOITE”

A noite veio como ultima realidade
Veio como um fim anunciado
Deixando uma raiva ilimitada
Por não ser a noite do meu amado…

Noite tão cheia da minha saudade
Em que o ar que respiro está viciado
Pela lonjura que mostra a maldade
De estar tão longe do meu amado…

Noite carregada de estrelas cintilantes
Em que recordo o nome de todos os amantes
Que me esqueceram e foram para o além…

Estrelas na noite como velas a cintilar,
Deixando minhas lágrimas a brilhar,
Perdida nas agruras do teu desdém…


19.10.07

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quinta-feira, outubro 18, 2007

“O MONTE DA ILUSÃO”

Enquanto subi o monte, pela vereda estreita
Ladeado de arvoredo viçoso com o sol à espreita,
Deixei meus sonhos a correr, esperançosa
Que ao chegar ao cume minha alma ditosa,
Iria encontrar a felicidade do teu abraço…
E subi. Subi lentamente, com o sonho no regaço.

Mais dois paços e finalmente o penhasco cimeiro
E sorrindo, idealizei que chegavas primeiro…
A tua mão seria o apoio para transpor o monte,
Saciarias a minha sede como água pura da fonte
Mas o coração bateu forte em convulsão…
Porque penosa e dura foi a desilusão…

Para o outro lado do monte apenas o vazio.
O inóspito e seco precipício, já sem rio
E eu tão só, olhando todo aquele horizonte,
Que imaginara belo, o outro lado do monte…

Todas as flores secaram. Todas murcharam
Todas as aves voaram e seus trinados calaram
Tão só, no alto do monte, apenas abandonada
Meditei e cheia de dor concluí que não sou nada…


18.10.07

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terça-feira, outubro 16, 2007

“ESTA MANHÔ


Existiu a noite. Existe o dia
E existo eu perante o que desconheço
Eu e a minha triste poesia…
Eu que nada mereço
Senão esta agonia…

E nasce o sol e seu primeiro raio
E a canção que me cantavas
Nas perdidas manhãs de Maio
Enquanto esperavas
Pelo meu riso de alegria…

Nasce a lua pálida mas resplandecente
Acariciando as sombras do ocaso
E nasce mais este sonho incandescente
Que revive mesmo fora do prazo…
Como um desejo remanescente…

Existe o rio e existe a barcaça
Existe o barqueiro e eu…
Existe o desejo que me enlaça
Ao sonho que já morreu
Por alguém que não me abraça…

Existe ainda o apocalíptico anseio
Ora virtual ora verídico
Com outras verdades pelo meio
Que sustentam o momento crítico
Momento ténue em que me enleio…


16.10.07

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segunda-feira, outubro 15, 2007

“A REFLECTIR SOBRE A VIDA E A MORTE”


Que arrepio saber a vida a prazo,
Saber que o amanhã poderá não vir
Conhecer os trilhos da ténue existência,
Sem poder pôr uma cancela…
Que esperar, esperar sem sentir,
Que viver sem vivência
Que apenas se é uma casa sem janela,
Que é um futuro sem advir…

Que impaciente vivência
Saber que amanhã não há a cura
Que o depois jamais vai existir:
Foi a flor que murchou
Tudo foi uma rápida experiência
Onde não houve tempo para a ternura
Que toda a verdade fez mentir.
Foi um todo que sem começar, acabou…


12.10.07

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domingo, outubro 14, 2007

MAT’S E AMOR


O amor devia ser um cubo – lados iguais.
Mas o amor é um polígono irregular
E a soma dos lados nunca é mais…
Porque tem sempre um verbo a conjugar…

O amor não devia ser como as diagonais
Nem uma raiz quadrada para achar…
Muito menos a avaliação de triângulos iguais
Ou equações com o valor X a encontrar…

Mas o amor está ligado às letras
Por isso, sobre o amor se escrevem tretas
E ninguém o assume ou o leva a sério…

Aqueles que amam nunca são reconhecidos
E pensa-se em cobranças ou bens imerecidos
Sofre-se, desespera-se e pensa-se que é mistério…



02.10.07

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sábado, outubro 13, 2007

“NUM JOGO SEM FIM”


No que escrevo digo e contradigo,
Traduzo tudo o que vou sentindo
Tudo tem origem neste amor mendigo
Que me faz triste e me vai consumindo

Amar assim, tão doidamente, até bendigo
E quanto mais me repeles e vais partindo
Mais me afeiçoo, mas não to digo
Dessa maneira, me contradigo mentindo…

No jogo de palavras que me lanças.
Sempre pensando que não me cansas,
Vais fazendo de mim uma brincadeira

Pegas, largas, lanças e recolhes os dados;
Deixo que os lances. Sei que estão viciados
E crê que alguma jogada será a derradeira…


12.10.07
01:35

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sexta-feira, outubro 12, 2007

“FOLHA CEM DO DIÁRIO”


Procurei-me por toda a parte;
Meu corpo vazio estava oco
Espreitei pelos olhos e nada vi…
Nada! Não havia nada por dentro
Minha alma partira com um louco
Que nunca sentiu o que eu senti…
A nefasta ilusão feneceu lentamente
E a minha alma morta tudo perdeu
E o corpo vazio recusa a vida.
Esta alma sem nada ter, tudo deu
Mas sempre tem sido preterida…
O invólucro, este corpo em ruína,
Não voltará a ter boca e sorrir…
Afinal amou sem amado,
Deixou a palavra fluir
Como fumo em ar parado
E agora deixa de existir…


05.10.07

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quinta-feira, outubro 11, 2007

PENSAMENTOS A FERVILHAR


À volta da turbulência das ideias,
Numa renuncia e indecisão constantes
Deixo que lentamente o sangue corra nas veias
Numa tentativa que meus sonhos sejam errantes…

Turbulência entre as ilusões e as peias
Que borbulham em mim e noutras mentes
Depois de incendiares os lugares onde vagueias
Depois de não te amar porque me mentes…

Tudo está mal! Uma guerra declarada
Sem acordos, porque estava apaixonada
Como se estivesse com uma loucura de morte…

Tudo está errado! Tudo é causa deste sofrer
E como não sei fazer-me amar, quero morrer,
Porque viver sem amor é uma má sorte…


11.10.07

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terça-feira, outubro 09, 2007

“MADRUGADA”


Quatro da manhã. Sem sono, não dormi
Na nesga da cama deixei meu corpo imóvel
Apenas o bafo quente da madrugada senti…
Sempre o mesmo desejo que já fora deplorável…

Quatro da madrugada… corpo frio e tremi
Senti toda a força do toque tão apetecível
E que tanto esperei mas que também sempre temi
Desde o mesmo dia em que a noite foi indelével….

E o toque dos sinos fez-se soar pela manhã
Depois do tempo em que a esperança foi vã
E o inenarrável néctar da libido me fez estremecer…

As pulsões mais pareceram gritos de guerra
Que neste corpo, frio, pronto para a terra
Preferiu esperar, languidamente, para te receber…


09.10.07
06:30H

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segunda-feira, outubro 08, 2007

“DESCODIFICAÇÃO DO AMOR”


Peguei na alma e fiz a decantação das emoções
Pus num cadinho de porcelana os pós do amor
Num tubo de ensaio deitei algumas frustrações
E liguei o “Bico de Bunsen” para dar calor…

Esperei. Voltei a esperar pelas conclusões
Com a vareta mexi e escoei pelo passador
Conferi dados e apontei as alterações
E a formula saiu sem qualquer valor…

Abandonei então todos aqueles dados
Pus de parte os materiais e utensílios usados
E procurei outras maneiras para saber…

Afinal qual a formula que explica o amor?
Como encontrar os resultados sem dor?
Como mostrá-lo e fazê-lo sentir sem sofrer?...


06.10.07

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sábado, outubro 06, 2007

“COM PALAVRAS”


A agressiva violência da escrita
Com a palavra errada na frase certa
É um todo mortificante desta desdita
Que entra sem querer, pela porta aberta…

Enches-me os dedos de anéis de ametista
Mas matas-me a ilusão que andava liberta
Em vagueios e sem porto de abrigo à vista
Neste mar imenso, numa costa deserta…

As reticências são a causa do desespero
E de todos os teus queres, que ainda venero
E mesmo me detestando, para ti só tenho amor.

Nas exclamações expresso o meu espanto
Porque cubro as dúvidas com o largo manto
Que é o Universo, que cobre toda a minha dor…


02.10.07

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sexta-feira, outubro 05, 2007

“POR TRÀS DA ESCRITA”


O azul do céu, de nuvens coberto,
Parece uma tela pintada sem jeito
Parece a pauta de música em aberto
Ou um coração descompassado num peito…

Nuvens brancas longe, escuras mais perto
Figuras abstractas pintadas a eito:
Pontes, caras, corações… tudo fica certo
Parece estar em sintonia com o coração eleito…

Escurece. Cruzam-se as nuvens; batem…
E a tormenta desencadeia-se: Não falem!
Paira no ar a promessa de tempestade…

Escreves muito e rapidamente, com ternura.
Enterras no papel toda a tua candura
Mas vais banindo o amor e até a amizade…


01.10. 07

quarta-feira, outubro 03, 2007

"UM PRÉDIO CHAMADO VIDA”


Cansada de subir a escadaria
De um prédio esguio, só de cimento
Degraus de mármore belo e frio
Que desgastam quem sobe: que tormento!

Degraus gastos, de pedra escorregadia
Altas paredes sem janelas, em cinzento
Sobe-as esta alma de uma casa vazia
Ao perder o sorriso e ser só sofrimento…

Sem janelas não necessita persianas…
Sem janelas não há rostos, nem cortinas
Apenas a alma que à deriva vagueia…

E em cada degrau mais uma dor
Onde perdido, deambulante seu amor
Emaranha-se numa venenosa teia…



01.10.07

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“JOGAR COM PALAVRAS”




Atafulho-me de letras
Para falar de tretas
Sem qualquer conexão
E do que não é paixão…

Cruzo letras e palavras
Com as lutas que travas
Para entender esta dor
No meu peito sofredor

Ris-te dos meus pensares
Com frases para me gozares,
Chamando-me de “filósofa”,
Motivo da minha mofa…

Se rio é que estou contente
Se choro, é que sou deprimente…
Em que ficamos afinal…
Dos outros ser uma igual?...

Viver tem os seus “quês”
Por isso é que não vês
Como é tão triste amar
E não ter com quem falar…

14.09.07

segunda-feira, outubro 01, 2007

INQUIETANTE AVIDEZ



Desconsoladora vivência!
Mundo cheio de controvérsias
Promotor de ignorância,
Criando abomináveis burguesias…
Mundo de engenheiros e doutores
Recreando fantasias,
Mas esquecendo os professores
Em cada nova profecia,
Só lhes causando dissabores…
Inquietante,
Mais! Desolador
E nesta avidez constante
Vou embalando minha dor…
Promessas estilhaçadas,
Impaciência aborrecida,
Sombras ávidas espelhadas
Numa ilusão já esquecida…
E neste mundo que fenece
Também sairá meu funeral,
Porque tudo apodrece
Como profecia final!...


29.09.07

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“POEMAS QUE ME DEDICAS”



Um dia li a tua poesia – Era uma vez…
Com ela aprendi a falar de amor
Emoções! Pulsões! Amei! Que insensatez…
Depois, o outro depois carregado de dor…

Constatei que o amor traz pequenez
Que sonhar é matematicamente um horror
Porque teus dizeres não são o que vês,
Mas sim tudo o que pode causar dor…

E todos os teus poemas sem nexo,
Nada tinham de amor, apenas sexo,
Por isso chorei, morri de tanto sofrer…

Mas continua! Há sempre em ti beleza,
Aquela que dá fantasia e depois tristeza.
Eis que no fim estou só – Quero morrer…


01.10.07

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