domingo, janeiro 31, 2010

POEMA DO ESQUECIMENTO


Escondi todas as folhas de papel onde escrevia
Esqueci aquelas palavras no pensamento
Fingi que meu amor apenas fora fantasia
E sem memória, fui feliz por um momento…

Todos aqueles dizeres apenas tinham magia
De fazer esquecer o meu sofrimento
E agora que é passado tudo o que te dizia
Cada palavra que brota de meus lábios é lamento…

Todos os momentos contigo já lá vão
Crê que foste a minha doce paixão
Mas o tempo levou-te com a minha poesia

Foste talvez o sonho que eu construi,
Que me fez feliz e com me iludi.
Tu não foste senão o sonho com que me iludia…

31.01.10

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sábado, janeiro 30, 2010

SOL

O Sol é enganador,
Faz ver as cores
E à noite alta aparece rude,
Incolor; para deturpar amores…
E de tão insensível só causa dores…

O Sol também é inimigo
Queima as pétalas viçosas
Enquanto eu fujo contigo
Por lugares tortuosos…
E com palavras falaciosas…

O Sol faz-se de rei
Vai abrasando por onde passa,
Secando os solos da grei,
Às vezes espalha desgraça
Nas vidas e onde nem sei…

O sol é um usurpador
Vive criando sombra,
Seca as pétalas da flor
Finge-se de animador
E confunde-se na penumbra…

30.01.10

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terça-feira, janeiro 26, 2010

MINHA FLOR


Rosa, bela rosa
Bela flor
Flor do meu jardim
Amarela ou encarnada
Rosa do meu amor,
Cor-de-rosa ou cor de carmim
Por ti rosa, vivo enamorada…

25.01.10

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O SOL VOLTOU

Surpreendeu-me o sol a brilhar
Manhã radiosa depois de tanto chover.
Os pássaros saltitam num alegre chilrear
Eu deixo meu olhar pela Lezíria para te ver…

O capim verde brilha e atrai meu olhar
E passo meus olhos na distância a perder
Enquanto sinto todas as cores a bailar
Numa dança que jamais vou esquecer…

Mas onde ficou o meu doce amado
Perdido pelos campos, terno e enamorado?
Ficou perdido, admirando a Natureza.

Ficou meu amado e os melros a cantar
Eu de olhos no Tejo com vontade de chorar,
Porque fico sensível a tanta beleza…

25.01.10

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quinta-feira, janeiro 21, 2010

FOI ASSIM…


O lençol escuro da noite desceu.
Aveludada a luz pálida do luar
Foi sendo a companheira do rio
Entre o brilho da lua, rendilhados,
Que a sua luz faz nas sombras:
Das ruas e no beiral dos telhados
Enquanto chorei por quem morreu…

Num suspiro de saudade, sem fim
Nos sons da noite de pálido luar
Em que ainda choro, porque te amo…
Recordo-te no meu jardim
Onde a saudade é uma flor
E onde ainda te chamo…

21.01.10

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domingo, janeiro 17, 2010

A QUALQUER MOMENTO

Abri o meu coração à morte
Deitei minhas penas ao vento
E embalada por um vento forte
Fui velando o meu pensamento…

Meu corpo feito farrapo sem norte,
Guardando todo o meu lamento
Era tudo o que restava da minha sorte
Que se esgotava a qualquer momento…

Breve serei apenas suspiro de verdade
Serei o que resta da tua saudade
Porque nada deixo de valor real…


Serei pena de pássaro a esvoaçar
Serei lágrima de quem esteja a chorar
Porque nada deixo de valor real…

17.01.10

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sexta-feira, janeiro 15, 2010

O MEU TEMPO

Deixo o meu tempo passar
Minha alma é como a onda do mar
No vai e vem deixa esperança
Enquanto minha alma entre na dança
Vejo o meu tempo que se escoa
Sinto o meu amanhã como passado
E segredo-te, mesmo que te doa
Que nunca poderás ser o meu amado…

Deixo o meu tempo passar
Minha alma entristecida vai chorar
Enquanto meu corpo se cansa
E não mais entrará na dança…
Minha alma é a gaivota que voa
É um fado que o fadista entoa
Deixando as mágoas a desfiar
Como um crente passa as contas ao rezar…

14.01.10

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terça-feira, janeiro 12, 2010

NÃO…NEM…

Não voltei a olhar
Nem para um último adeus
Não houve um suspiro
Nem um pulsar mais forte
Não houve mais um beijo a dar
Nem mais um olhar dos teus…

Não voltei a chorar
Nem tão pouco a esperar
Por milagres de um qualquer deus
Não esperei ter essa sorte…

Não mais vi as horas a passar
Nem esperei que elas passassem…
Não ouvi mais sinos a tocar
Nem pássaros que cantassem
Depois da minha morte…

12.01.10

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sexta-feira, janeiro 08, 2010

POEMA PEQUENO

Espalhei flores ao vento
No jardim da esperança;
Plantei rosas na alma
E dei-te o meu pensamento…
Fiz poemas a chorar
Vi gaivotas voando com calma
E tudo me deu alento
Para te poder amar…

05.01.10

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quinta-feira, janeiro 07, 2010

TAMBÉM PODE SER

Sorriso!
Gesto de lábios
Que deixa transparecer
Um rasgo de felicidade…

Sorriso!
Gesto de lábios
Que às vezes está a esconder
Uma dura realidade…

Sorriso!
Gesto de lábios
Cínico sorriso…
Para esconder uma verdade…

Sorriso!
Gesto de lábios
Que também pode ser
Um momento de infelicidade…

05.10.10

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A VERDADE

Já não sei se as palavras são gestos
Ou se os gestos são palavras silenciosas
Mas assim, ou como queiras, são protestos
São toda uma amálgama de coisas odiosas…

Para mim os teus silêncios são funestos
Mesmo quando trazes as cestas de rosas
E corres de sorriso e braços abertos;
Não passas de páginas lidas e saudosas…

Em frente à estátua nua da verdade,
Onde inspiro este momento de realidade,
Ficam estas palavras tristes, sem significado…

Em frente à estátua nua da verdade,
Fica mais um suspiro da minha saudade
Por quem tanto esperei e foi o meu amado…

Publiquei este poema em 2007 e agora emItaliano

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VERITÀ


Già non so se le parole sono gesti
O se i gesti sono parole calme...
ma così, e poichè lo desideri tu, sono protesti
E in tutto c 'è un amalgama di gente e di brutte cose.
Per me il vostro silenzio è funesto,
Esattamente quando portate i cestini delle rose
E funzionate col sorriso delle arme aperte
Come uve secche dai cori e dalla nostalgia delle pagine.

Davanti alla statua nuda della verità
Dove ispiro questo momento della realtà
Restano queste parole tristi, sensa significato

Davanti alla statua nuda della verità
Resta ancora più un segno della mia vulnerabilità
Per colui che tanto ho atteso ed ora tanto amavo...

03-2007

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terça-feira, janeiro 05, 2010

PALAVRAS QUE SÃO FLORES

Esculpi estas palavras
No granito escuro da serra
Palavras onde deixei a beleza,
Onde escrevi amor
E onde se encerra
Minha tristeza

Desenhei cada letra
Em cima da fina terra,
Onde com singeleza
Escondi a minha dor
E toda a minha tristeza…

Com as letras criei palavras,
Palavras do amor que dei,
Palavras que são flores
Para a alma que amei…

05.01.10

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segunda-feira, janeiro 04, 2010

TÃO INFELIZ!

Lê calmamente a minha poesia
Para que se cumpra a profecia
De eu ser uma mulher só,
Feita cinza ao vento: ser pó…

Foste a minha bela fantasia
A minha suave melodia;
Foste a mais bela partitura em dó
E por ti fiquei tão triste e só…

Porquê um dia me deste alento?
Porquê entraste em meu pensamento?
E nunca soubeste quanto te quis?!...

Porquê fugiste da minha realidade
E me deixaste tão cheia de ansiedade,
Feita cinza ao vento, tão infeliz?!...

31.12.2009

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