terça-feira, outubro 09, 2007

“MADRUGADA”


Quatro da manhã. Sem sono, não dormi
Na nesga da cama deixei meu corpo imóvel
Apenas o bafo quente da madrugada senti…
Sempre o mesmo desejo que já fora deplorável…

Quatro da madrugada… corpo frio e tremi
Senti toda a força do toque tão apetecível
E que tanto esperei mas que também sempre temi
Desde o mesmo dia em que a noite foi indelével….

E o toque dos sinos fez-se soar pela manhã
Depois do tempo em que a esperança foi vã
E o inenarrável néctar da libido me fez estremecer…

As pulsões mais pareceram gritos de guerra
Que neste corpo, frio, pronto para a terra
Preferiu esperar, languidamente, para te receber…


09.10.07
06:30H

Etiquetas:

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Quatro da manhã"

Bem alta vai a Lua...
Por instantes pareceu-me entrar no tristonho Soares de Passos e até me arrepiei.

... mas afinal eram beijos que esvoaçavam inebriados de carinho e amor
A confusão só estava no modo de amar.

Eu de noite, tantas vezes às quatro da madrugada, dispo-me de inseguranças e medos e sonho com os teus sorrisos, o teu perfume, os teus sons e nem quero saber das palavras.
A lua já vai alta e eu também não me importo!

Joaninha:
O amor canta-se, vive-se, cala-se, sofre-se, procura-se, encontra-se...

É bem verdade... "O sonho comanda a vida!!!!"

Sonhemos pois

2:30 da tarde  
Blogger joaninha said...

Ao post moderno

A joaninha está moribunda com o insecticida que espalharam para a aniquilar… há almas assim, não gostam de insectos vermelhos… fora a joaninha azul, talvez escapasse…

Obrigada de qualquer forma pelas palavras, são deveras amáveis.
Quanto a abrir um blog… bem, se foi feita a parte mais difícil, o resto virá em sequencia… poderei indicar uma pessoa que sabe disso “a potes”, logo que possível.

Obrigada também pelos votos de bons sonhos, mas é melhor não sonhar mais. Acreditai que é desastroso sonhar.

12:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quanto pessimismo...
quanta angústia
quanto sofrimento...

tanta... tanta ... que só poderei pensar, como Fernando Pessoa, na primeira parte do seu célebre verso:

" O poeta é um fingidor,
tão fimgidor...
que finge ser dor
a dor que realmente "não" sente"

Uma Joaninha com tão puros sentimentos, não pode nem deve viver amargurada.

Intimamente sinto faltar-me o engenho e a arte para criar um blog.
"Burro velho não aprende línguas".

De qualquer modo aqui deixo o meu email para o caso de ter disponibilidade e amabilidade para me ensinar:

postmoderno40@gmail.com

6:41 da manhã  
Blogger mixtu said...

bem.. mas tens que dormir...
a ouvir uma musiquinha...

não dormir... sonhando?

abrazo europeo

2:37 da tarde  

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