quinta-feira, setembro 29, 2005

OS NOSSOS "SES"



Quando o Sol descai pelo horizonte
E ao longe se perde o meu pensamento,
Eu bebo dos teus sentidos, como da fonte,
Toda a candura e beleza do sentimento.


E nesta minha tristeza agonizante,
Em choro continuado, como um lamento,
Eu vejo o pôr-do-sol no dia cessante…
Com muita saudade e cheia de sofrimento…


Se um rápido e fugidio olhar teu viesse,
Um breve suspiro ou sussurro me dissesse
O que mais desejaria ouvir um dia….


Se um banal gesto, que eu merecesse,
Ou uma simples e pura vontade quisesse…
Talvez pudesse alcançar o que tanto queria…


26.09.05

terça-feira, setembro 20, 2005

SONHO DE ROSAS!


Pétalas e pétalas de rosas, espalhadas
Sobre meu corpo, numa cama deitado,
Como carícias ternas e apaixonadas,
Deixando-me louca pelo meu amado.


Beijos de rosas belas e perfumadas,
Beijos húmidos do sonho dourado,
Em ternuras à deriva, descaminhadas,
Deixando-me louca pelo meu amado…


Sonhos de volúpia: só pensamentos!
Sonhos de quereres de breves momentos
Que fui sem ser, toda felicidade…


Sonhos que ao acordar são tormentos,
São rasgos de desejos aos ventos,
Porque jamais, sonhos são verdades…


14.09.05
Almograve

domingo, setembro 11, 2005

A VIDA É FEITA DE “PORQUÊS”, “SES” E “MAS”

(Proposta feita pelo Blog andorinha negra)



Porquê, logo eu, acordei apaixonada?
Porquê gosto da tua sensibilidade?
Porquê só te vejo, sem ver nada?
Porquê insisto em aceitar a realidade?


Se te ignorasse e tivesse ficado calada,
Se tivesse repudiado a tua verdade,
Se não idealizasse ser a tua amada…
Se, seria mais uma em toda a Humanidade…


Mas calou-se o vento para eu murmurar
Mas pararam as ondas alterosas do Mar,
Porque quiseram ouvir a história deste amor…


Mas no silêncio, apenas se ouviu meu chorar,
Porque nem tu ouviste o que eu estava a falar…
Se ainda me quiseres, aqui me tens, bela flor…

11.09.05

segunda-feira, setembro 05, 2005

ÚNICA REALIDADE


Minha comadre, Senhora Dona Morte
vinde depressa buscar-me, por favor,
não suporto por mais esta má sorte
de ter e não ter, ou não ser o seu amor.


O que sinto é incomensurável e tão forte,
quando beija a minha mão com fervor,
que só vós, Senhora Dona Morte,
podeis libertar-me de tão profunda dor.


Amar assim, perdidamente, é loucura,
porque não há quem creia em tanta ternura,
Eis porque apenas fica o fumo da saudade...


E nos braços fortes da Morte, eu vou.
Fica a lenda de quem amei e não me amou.
Fica o meu pó, única realidade...

05.09.05

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