sexta-feira, dezembro 30, 2005

MULHER


Para que serves Mulher?
Para servir na solidão
A quem não te quer…
E a quem dás a mão,
Sem receber um carinho…

Para que serves Mulher?
Para amar na dor,
Para te iludires e sonhar…
A dar, sem receber Amor…
Sempre só no teu caminho…

Para que serves Mulher?
Só um ombro para chorar…
Apenas receber o que vier…
Porque ninguém te sabe amar…
E só tens um sonho, sozinho…

30.12.05

quinta-feira, dezembro 29, 2005

ESTA DOR DE TE AMAR


E mais uma vez me feriste de morte…
Vieste de mansinho, de novo a fingir.
Tentei desculpar, mas agora foi forte…
Brincas com palavras, para melhor mentir…


E meu peito de novo sangra de morte,
Pois jamais serás capaz de sentir,
Que o amar-te aconteceu, tão forte,
Que todo o teu desprezo me faz iludir…


E todas as tuas palavras, malabaristas,
Para eles, dignas dos melhores artistas,
Desgastam-me. Tanto me fazem sofrer…


E num todo, esta tempestade de amor,
Que procurei sem encontrar, deu-me dor,
Pois que agora, apenas me lembro de morrer…


29.12.05

HOMENAGEANDO A SAUDADE!


Hoje! Hoje é aquele dia a recordar
É o dia que desde sempre festejei;
Foi sempre aquela data que vi passar
E que para todo o sempre recordarei…


Depois parti. Nunca deixei de te amar.
Parti sofrendo, porque te castiguei.
Sofri porque te estava a abandonar
E mais sofri ao perceber como fiquei…


E os teus olhos não foram esquecidos,
E as tuas palavras ficaram nos ouvidos,
Porque nem o tempo me fez te esquecer…


E hoje, sob a lápide já tão desgastada,
Ficam as palavras à pessoa mais amada
Porque nem o tempo me fez te esquecer…

27.12.05

sábado, dezembro 24, 2005

ADEUS!


Sem palavras, sem adeus, sem um olhar…
Não vais ouvir jamais o que havia a dizer.
Foi a última vez que me viste passar…
Fica para sempre com o teu prazer…


Não quero que me possas recordar,
Nem tão pouco penses no meu sofrer…
Abraça a quem tanto sabes amar…
Porque eu sou a coisa para esquecer…


Fui boneca de trapos: a palhaça
Uma fantoche chorona, sem graça
Que julgou ser um belo sentimento…


Fui um joguete; fiquei um farrapo…
Jogado fora como um velho trapo…
Por tanto ter amado, sem fingimento…

23.12.05

sexta-feira, dezembro 23, 2005

BOAS FESTAS


Uma chama que arde lentamente
Numa vela azul, da cor do amor
Arde brilhante e placidamente…
Mostrando todo o seu esplendor…


O seu brilho acetinado é quente,
Exala cheiro a rosmaninho em flor,
Embalando os sonhos da mente,
De quem sofre tão profunda dor…


Mas arde como uma vela de Natal,
Que para muitos é data sem igual,
Pretexto para dar e receber Amor…


Mas como Natal é quando quiser,
Quero a vela a arder até quando vier,
Aquele a quem dou o meu amor…

23.12.05

quarta-feira, dezembro 21, 2005

A ILUSÃO


De vagar e só, a ilusão vai caminhando.
Passos lentos e incertos, sem destino…
Leva na mão o bordão e vai pensando…
No seu sonho de amor, tão peregrino…


Nos lábios um nome e vai chamando:
Meu doce, meu lindo, meu menino…
E um beijo de mel que recordando,
Não passou de momento pequenino…


E por montes e vales se vai a ilusão
Vivendo só como paisagem, sua paixão,
Morrendo a cada momento, rejeitada…


Cada passada lenta é uma eternidade…
É toda a sua vida. Toda a sua fatalidade…
Apenas uma imagem de quem não é amada…

21.12.05

segunda-feira, dezembro 19, 2005

POEMA PARA AS TUAS FOTOS!


Que ironia pensar em Natal e estar triste.
Que ridículo desejar dar prazer e chorar…
Que desilusão pensar que ainda existe
Esse alguém a quem tanto quero amar…


Que burlesco este amor que persiste,
Amor que não devia e me faz recordar
Este amor que magoa, mas que persiste
Em dar-se a outros para me afastar…


Amar quem não sabe amar é doloroso…
e esperar quem já não vem, é penoso…
Amar assim, assim tão perdidamente…


Amar assim, assim, até esquecer o Natal,
Porque o tempo passou a ser todo igual:
Vou deixando que passe indiferentemente…


19.12.05

domingo, dezembro 18, 2005

DESERTO


A passo lento, mesmo muito lento
Caminho entre as areias, neste deserto.
Lentamente, contigo no pensamento
E embora estejas longe, estás perto…


Bailas na minha ideia como o vento,
És o pôr-do-sol com o colorido certo,
Que me preenche a cada momento…
Mesmo que estejas longe, estás perto…


Cadenciadamente, apenas vou passando
Apenas vou vivendo, apenas vou andando…
À espera que docemente me dês amor…


Compassadamente, pelas areias vou…
Olhando minha sombra que o sol esticou…
E pelas dunas, ficam os ais da minha dor…

18.12.05

sexta-feira, dezembro 16, 2005

A SABEDORIA!


Olhaste os meus olhos com doçura,
Transmitiste força; vontade de viver.
Olhaste-me com tamanha ternura…
Que jamais quis deixar de te ver…


Esse olhar, de profunda candura,
Encheu-me o peito de sonhos, a valer.
Esses olhos, cheios de amor e brandura
São toda a razão deste meu te querer…


Mas se envolto nas sombras do luar,
Destemido, confiante, mas a sonhar,
Procuras outros olhos: os da sabedoria…


Procuras mais, procuras o teu amor,
Aquele que faz sofrer, que te dá dor…
Eu fico a olhar apenas para quem queria …

16.12.05

quarta-feira, dezembro 14, 2005

ORQUÍDEA


Com a delicadeza de uma orquídea, deixei que te aninhasse, suavemente, na minha mão… e como um pássaro selvagem voaste, sem te aperceberes como ferias meu coração…

SEGREDO!


Nasceu-me no peito esta rosa!
Sinto-a a crescer bela, cheia de amor.
É de uma enorme beleza, preciosa
É a rosa que eliminou a minha dor…

14.12.05

domingo, dezembro 11, 2005

TALVEZ


Se eu fora aquele, o outro alguém,
Nunca seria quem sou: sopro de vento
Seria sim, todo o teu pensamento…
Seria quem não te quis e que te tem….


Se eu não fosse mais do que ninguém,
Estaria perto de ti, dando-te alento,
Toda ternura, toda sentimento…
Para seres feliz, sem esse desdém…


Quanto posso avaliar todo esse vazio,
E essa incapacidade que te deixa frio…
Quando o sol brilha naquele o monte…


Como sinto o ser preterida, abandonada,
Como sinto que impotente, não sou nada
Porque apenas serei mais um lamento… …



10.12.05

quinta-feira, dezembro 08, 2005

APENAS TU!


Cheguei à varanda e longe olhei,
Perdi mesmo o olhar pela Lezíria…
Depois fechei os olhos e suspirei…
Suspiro longo! Era teu nome que dizia….


No olhar passou o que tudo sonhei.
Passaram sonhos que tanto queria…
Recordei o único beijo que te dei
E agora, apenas estás sob a pedra fria…


Quanto mais sofre por esta saudade,
Este olhar, mais se perde na irrealidade
De ver o que não vê por todo o lado….


Quanto mais olho para o teu olhar,
Mais profundo e doce é o meu amar…
Mais triste fico, por não seres meu amado….

08.12.05

quarta-feira, dezembro 07, 2005

AGORA!



Senti um desgosto profundo.
Senti ruir o chão que pisava.
Senti-me a mais no mundo…
Porque em vez de amar, odiava…


Senti que estava bem no fundo,
Desmoralizada, feita escrava,
De alguém poderoso, imundo,
Que meus sentimentos dominava…


Odiei mil vezes este intenso sentir
E mais do que tudo, desejei partir.
Desejei morrer. Não ter mais esta dor…


E que a morte seja esquecimento.
Que acabe de vez meu sofrimento,
De amar quem não me tem amor…


06.12.05

segunda-feira, dezembro 05, 2005

MORTE LENTA



Deixei que o fresco da noite me beijasse.
Pensei em ti e chorei amargamente.
Fiz da saudade o manto que me tapasse,
Para não veres como morro lentamente…


Deixei que a voz da noite gritasse
Para esconder o que choro tristemente,
Por desejar que esse teu olhar ficasse
Preso no meu, ai se pudesse, eternamente…


Amo-te tanto, a tua ausência é tormento!
Sofro por não poder parar teu sofrimento
E mais sofro ainda, por não ser o teu amor…


Amo-te tanto! Não há palavras para o dizer,
Mas se o silêncio não aumentar teu sofrer,
Prefiro calar-me e afundar-me nesta dor…

05.12.05

sexta-feira, dezembro 02, 2005

PALAVRAS DE DOR


Este meu coração que tu não sentes,
Que finges não ouvir o ténue palpitar,
Desfaz-se em dores, quando lhe mentes,
Ou tentas não entender o seu amar…


O febril calor de minhas mãos na tua pele
Deixa-me um louco anseio de te abraçar,
Mas foges sempre, com um sorriso cruel,
Deixando-me mais triste, sempre a chorar…


Cem anos tenho, neste longo caminho,
Mas anos não contam, para dar carinho,
E esse, foi feito para ti, com muito amor…


Amor que vou afundando neste lago triste,
Porque de amor não falaste, nem ouviste,
Apenas deixaste velhas estas palavras de dor…


02.12.05

quinta-feira, dezembro 01, 2005

POESIA DO SILÊNCIO


Embalada entre silêncios, minha poesia,
Nasceu dentro de mim e foi crescendo,
Enchendo-me a mente com a sua magia,
Que só subsiste, por estar sempre sofrendo.


Em rios de choro, quer de noite quer de dia,
Os sonhos, em pranto continuado, vou perdendo
E apenas com silêncio deixo-me toda agonia,
Procurando em vão, quem tanto estou amando.


E com a poesia do silêncio dentro de mim,
Desejo ardentemente, ser poeta até ao fim,
Porque a escrever em ti penso, cada momento….


Sem ti, muito embora contigo, em imaginação,
Deixo que corram silenciosas palavras de paixão
Porque com esta escrita tenho-te no pensamento.

30.11.05

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