sábado, fevereiro 24, 2007

APENAS FANTASIA?!


De passo incerto, cautelosamente,
Entrou de mansinho, sem bater.
Com frases bem estruturadas, convincente;
Foi entrando na minha vida, sem o dizer…

Umas vezes frustrado, outras carente,
Às vezes pleno de alegria, dando prazer,
Brincando, qual criança, contente,
Fazendo-me sentir o quanto é belo querer…

E veio. Entrou e instalou-se em meu peito.
Deu-me muita ternura, tanto a seu jeito
E eu fiquei a saber que se chamava amor…

Mas esse amor, o que nunca me deu,
Não passou do sonho que minha alma elegeu,
Cheia de fantasia, para me causar tanta dor…

23.02.07

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domingo, fevereiro 18, 2007

IN MEMORIA


Algures, um dia, encontrei o teu olhar;
Rios de promessas; olhares prometedores:
Tudo sonhos; tudo como se estivesses a amar.
Uma sinfonia de pássaros cantores
Rimando com o murmúrio do mar…

Jacintos roxos descendo o rio a dançar,
O mesmo rio que vai colhendo minhas dores,
Sem hesitar na sua corrida para o mar,
Em tempo, que sem tempo, perdi meus amores.

Dizes. Dizes vezes sem fim não ser amado…
Alguém aqui, vivendo ainda, sem te ver…

Sinos que tangem no longínquo horizonte.
Inimagináveis tufos de nuvens pelo monte,
Lírios, rosas, jasmins em jardins perdidos
Vagas alterosas, desfeitas em espuma na costa…
Algas pelas rochas, quais cabeleiras desgrenhadas…

Coisas que me fazem chorar de saudade.
Ósculos que pago com um tributo velado;
Sorrisos onde escondo o sofrimento,
Trazido de um longínquo ontem,
A ti dedicando tudo o que escrevo, meu amado…


17.02.07
17H40

sábado, fevereiro 17, 2007

BRILHOS


Enquanto o sol brilha no rio
dando ritmo à corrente,
minha alma tremente de frio,
deixa este corpo que já não sente…

Os verdes são verdes, que o sol coloriu
e cada tronco oscila tremente,
estendido na margem, à beira rio,
e o sol deixa brilhos intermitentes…

O teu olhar, sempre para quem amas,
e a quem gritando amor, chamas,
vai deixando que eu no rio morra…

E esse teu amar a quem desconhece,
Deixa triste a sombra que envelhece
E vai deixando que eu no rio morra…

17.02.07
14H03

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O TEU POEMA!


Amo-te! Não é um dizer casual,
Nem premeditei este amor
Foi algo que despontou, natural,
Da essência da minha dor…

Como a mais ninguém, sem igual,
Amo-te, com todo o profundo ardor;
É um bem-querer terno, visceral,
Que acarinho com todo o fervor…

Como a brisa que me dá prazer,
Como um sonho que me faz renascer,
Surgiste em minha vida como um bem.

E com o divino deleite de um beijo,
Viver passou a ser tudo o que desejo,
Para reviver o que a memória retém…

14.02.07

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sábado, fevereiro 03, 2007

CANTILENA AO MEU AMOR


Abri a porta ao fim da tarde
E deixei entrar o sol posto…
Dei-lhe palavras de ternura;
Recebi as que trazia, a seu gosto
E beijei o seu querido rosto…
Deixei em suas mãos minhas carícias…
Poisei meus olhos nos seus,
Cheios de um amor pleno de candura
E envolta nos tons púrpura da tarde,
Fiquei presa em abraços – pequenas delícias!
Sorrisos, palavras, banalidades…
No tempo que se esvai pela noite
E em que se constroem saudades…
Deixei apenas o sol posto ficar,
De olhos postos nos seus
E dentro de mim a gritar
Que sempre o hei-de amar…
Escrevendo, escrevendo sem parar
A um amor tão sonhado,
Às vezes triste, de alma tão fria,
Com saudade daquele amado,
Para quem é toda esta poesia…


20.01.07

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