segunda-feira, outubro 22, 2007

“(A)DEUS MEU EXISTIR”


O palco rectangular e ovalado
Onde piso, com os lábios a sorrir,
Onde me exibo com ar mascarado,
Onde nunca te vejo quando o pano subir…

De um lado para o outro, andar ondulado
Vejo gentes felizes para me aplaudir
Mas todo o gesto é o meu lado disfarçado
Porque minha alma não pára de carpir…

Que deus me fez dizer adeus ao amor
E me dá toda uma existência de dor
Para tu e todo o povo se divertir?...

Que adeus tenho de dizer constantemente
Quando tudo, sem teatro podia ser diferente
E nunca ter de renunciar ao existir…


22.10.07

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