domingo, dezembro 30, 2007

ÁRVORE


Desolada pela nudez e pela solidão, a velha árvore vai morrendo de pé, com o olhar perdido no rio e sempre com a ténue esperança de não ser hoje o seu último dia…
30.12.07

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quinta-feira, dezembro 27, 2007

ERA HOJE!


Como um amor-perfeito
Bonito e amarelo
Foste um amor a meu jeito,
O meu amor mais belo (?) …

Parabéns! Mais um aniversário
Mesmo nas terras do além…
Meu eterno amor lendário
És fumo, pensamento… ninguém!

Foste um triste sonho passado
Fiel depositário do meu amor…
Um amor que nunca teve amado
Porque só ficou o tempo e a dor…

Ficou a mentira. Ficou a falsidade
Objecto de mofa, abandonada…
Porquê essa maldade?
Porque escondeste tanta crueldade?...

Foste a saudade que me alimentou
Foste a maqueta do meu projecto
Foste o sonho que me abandonou
Para sempre só e sem afecto…

Preferia continuar ignorante
E respeitar a tua memória…
Foi triste, absurdo e repugnante
Tudo o que foi aquela história…

Mesmo assim, parabéns!
Fica em paz… para te esquecer
Por bem que já não vens…
Para não te perdoar… nem te ver…

27.12.07

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domingo, dezembro 23, 2007

APENAS MULHER


Um suspiro indolente
Lábios entreabertos
Mulher caminhante
Num ir inconsequente…

Carvões em brasa, espertos
Mulher só, delirante
Lágrimas de quem já não é crente
Mulher nada… nem amante…
Mulher pela calçada
De passos incertos
Mulher indiferente…
Mulher que por amar não é nada…

Mulher coração de violino
Mulher que foge, errante
Aquela que é não sendo
Mulher sem destino
Com destino extravagante.
Mulher que sem viver vai morrendo
De rosas na mão, ofegante
Partindo para o marmóreo palatino…


23.12.07

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sábado, dezembro 22, 2007

MOMENTOS QUE PASSAM


Olho por aqui e além
Quero olhar-te uma vez mais
Mas nem tu, nem ninguém
Nem o eco dos meus ais…

Olho e não vejo as minhas mãos
Procuro em vão o fumo em espiral
E nem a cinza daquele último cigarro…
Parece que tudo foi nada num momento
Nem anéis, nem dedos nas minhas mãos
Para além do monte tudo é irreal
E foi-se a esperança onde me agarro
Como que levada pelo vento…

Quiseste dar tempo ao tempo…
Que loucura sem remédio
O tempo passou alheio
E nada conseguimos descobrir…
Agora, que já não há tempo
Tomada por um triste tédio
Arrasto-me num perene vagueio
Até ao dia de partir…


Folheio o livro da vida
E tantas folhas, tão escritas…
Tantos olhos, tantos amores
Tantos lábios e corações…
A ti amo e por ti sou preterida.
E entre canções, flores e desditas
Deste-me rosas de tantas cores
Para acalentar as minhas ilusões…


22.12.07

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sexta-feira, dezembro 21, 2007

GAIVOTA


E tu vieste gaivota cinzenta
Em voos circulares, estruturados
Primeiro veloz, depois muito lenta,
Vieste gaivota, em voos estudados…

Elegante e vistosa de cor pardacenta
Gaivota dos momentos sonhados
Umas vezes doce, outras violenta,
Foste gaivota, meus sonhos projectados

A tua liberdade gaivota, quase divina
A paz nessa viagem constante e peregrina
Foste sempre o exemplo que quis…

E nesse voar, qual baile elegante
Espreitando, arguta, a maré vazante,
Deixaste-me a sonhar que eras feliz…

21.12.07

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quarta-feira, dezembro 19, 2007

GAIVOTAS...

Ao ritmo da tarde, as gaivotas vão esvoaçando em busca de alimento….

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terça-feira, dezembro 18, 2007

POR TE AMAR!

Tudo porque te amo hoje

Reinventei a palavra
O gesto e todo o sentir
O sentir moribundo
Diluído no elixir da morte…
No peito teu nome se encrava
E no débil deglutir
Despeço-me do mundo.
Bendizendo minha sorte…


Reinventei-te pleno de beleza
Dei-te o nome que quis
E assim te amei…
E assim te amo!
Esqueci a tristeza
E gritei: “Sou feliz!”
Porque só a ti me dei,
Só por ti chamo…

Que se vertam os licores
Que se molhem os lábios
Nas tuas mãos, que seja melodia
A mais bela sinfonia,
O hino a todos os amores
E que os teus dizeres, sábios,
Sejam para me amar…
Para atenuar a minha agonia…

Tudo porque te amei ontem…


18.12.07

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sábado, dezembro 15, 2007

POR AMOR


Vivo enleada no meu sonho paradoxal.
Vivo e hei-de morrer por este sonho sem igual.
Que gritem que é loucura este amor,
Que me acusem, mas deixem-me, por favor.


Tudo e todos não serão muitos, neste amor imortal.
E mesmo sofrendo, dilacerada pela dor,
Não deixo de louvar este amor ideal.
Porque Amor é sofrer e por ti, eu sofro, Amor...


Mesmo ouvindo dizer que não me amas,
mesmo que digas que pelo meu nome não chamas,
deixo minhas cinzas rio abaixo, proclamarem


que de abandono se morre, não de Amor.
Mesmo que me mostres todo o teu desamor
Deixo minhas cinzas, rio abaixo, te chamarem...

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sábado, dezembro 08, 2007

AZULEJOS


Lisboa tem muitos painéis de azulejos. Muitos são muito bonitos e não estão degradados. Este painel mostra, possivelmente, uma caçada… ou no fim de uma guerra a recolha dos despojos… como sempre os escravos dos senhores
08.12.07

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quinta-feira, dezembro 06, 2007

DIVULGAÇÃO

Amigos e visitantes do Joaninha

Com alegria e uma incomensurável satisfação, venho divulgar o lançamento e apresentação do livro À PORTA DO TEU CORPO, da minha amiga MEL DE CARVALHO

(• A primeira apresentação será no dia 15 de Dezembro de 2007 (Sábado) no "Santiago Alquimista"(situado na Rua de Santiago nº19 1100-493 Lisboa), pelas 22h30m. )


(no mesmo dia e local do lançamento da Antologia Luso Poemas 2006).

(• A segunda no dia 22 de Dezembro de 2007 (Sábado), Grémio Lisbonense (situado na Rua dos Sapateiros Nº 226 1º 1100-581 Lisboa) pelas 16.30H).
(estando inserida no 1º Escritartes Rendez Vous), com Entrada Livre).


http://www.escritartes.com/forum/index.php?page=10


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segunda-feira, dezembro 03, 2007

ORGASMO ESPIRITUAL

Um gesto. Um olhar tão penetrante
Todo o meu ser intemporal se inquietou.
Silencio. Mas com sentir, num instante
Meu corpo balanceante a tremer, gozou…

Vai e vem compassado, certo e cantante
Subiu de ritmo e minha alma se elevou
Qual estrela cintilante, assaz brilhante
Como um devaneio de quem já amou…

Cada vez mais ágil qual ritmo pagão
De costas, batendo com força no chão
Gemendo e gerindo a agonia do prazer…

Mais forte ainda, em fúria desenfreada,
Numa rapidez flutuante, animada,
Foge o grito final que faz desfalecer…



03.11.07

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sábado, dezembro 01, 2007

OS MEUS PALHAÇOS


Que venham Palhaços coloridos
Sempre a cantar e a dançar.
Que alegrem meus sonhos perdidos
Com o seu singelo gargalhar.

Que venham os Palhaços queridos
Com suas gaitas para me acalmar,
Que colham os aplausos merecidos
Por não me deixarem chorar.

Que venham os Palhaços da alegria.
Que tragam contos, cantos e poesia.
Para distrair minha atenção...

Que me encham toda de quimeras
Me transformem em primaveras
E que eu esqueça toda a solidão,


01.12.07

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