quarta-feira, outubro 24, 2007

“APENAS UMA FLOR”

Corta-me a garganta um grito dilacerante
Fino como o uivo de um lobo selvagem
E a minha mente algo confusa, delirante,
Procura incessantemente a tua doce imagem.

Um choro compulsivo no meu olhar errante
E eu perdida, como ao encontro da miragem
Que povoa minha alma já sem semblante
Porque me consumi, quando perdi a coragem.

Os gritos desta alma à deriva, já sem gente
São lamurias doloridas de alma pungente,
Porque meu amor deixou-me em solidão…

Apenas uma flor no meu frígido peito
Sem um adeus, sem um beijo a teu jeito,
Para não mais sofrer sem a tua paixão…


23.10.07

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