segunda-feira, junho 22, 2009

POEMA ANÓNIMO

Escrevo um poema sem nome e sem fim

Busco em mim toda a imaginação

Inspiro-me no luar e nas flores do jardim

Para ter palavras alimentando minha paixão…


Este poema que ficará anónimo, assim

Sem nome, mas cheio de amor e ilusão,

Será o poema mais longo, pois não terá fim…

Porque é o poema que alimenta esta paixão…


Este poema, feito de palavras encontradas

Tem o desespero das almas abandonadas

Por não terem amores e no peito tanta dor…


Este poema sem nome é um cântico antigo

Que vou dizendo sonhando que estou contigo,

Poema anónimo, para quem é o meu amor…


22.06.09

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quinta-feira, junho 18, 2009

DOR EM PALAVRAS

Minha alma ficou escrava da dor

Meu pensamento vagueia vadio

Tu, a outra alma a quem dei amor,

Deixa dentro do meu peito este vazio


Minha alma que vê a tua como uma flor

Vai vagueando só, pela margem do rio

Olha sem direcção, sem brilho e sem cor

Chora minha alma por quem partiu…


Minha alma ficou escrava do sofrer

Porque nunca entendeste este doer

Que é a dor de quem ama loucamente


À deriva meu pensamento é vagabundo...

Palmilhando estradas pelo Mundo

Procurando sem cessar, como demente…,


18.06.09

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segunda-feira, junho 15, 2009

PALAVRAS DO PENSAMENTO

Entre o pensar e o papel ficam palavras

Palavras que invento com muitas letras

Palavras que nem sempre se traduzem

São palavras do pensamento: apenas tretas…

Palavras que apenas para mim são verdade,

Pensamentos que me induzem e iludem

E levam a uma completa insanidade…


Nestas letras e palavras que invento

E escrevo e reescrevo vezes sem fim,

És tu e só tu que estás no meu pensamento

E ficas como a mais bela flor do meu jardim…


No papel onde ficam estas palavras

Fica também a saudade de um momento

Que perdurará no meu pensamento…


Palavras que desenho, como uma flor

Que reinvento como um breve pensamento,

Que perfumo e a quem dou cor,

E depois deixo esvoaçar com o vento

Porque todas são para o meu amor…


15.06.09

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sábado, junho 13, 2009

QUADRAS A SANTO ANTÓNIO


(Dia 13 de Junho de 2009 – Hoje é um dia que me marcou desde há muito.

Em 1888 – há portanto, 121 anos que nascia Fernando Pessoa.

Há 25 anos morria António Variações – artista cantor e compositor que me marcou nessa época.

Há 16 anos falecia Hermínia Silva, voz inconfundível do Fado e que deixou marcas bem significativas no meu sentir… e há 6 anos, morria a minha Mãe,que deixou uma saudade que não sei descrever. Quaisquer destas pessoas foram importantes na minha vida).

Santo António Padroeiro,

De Lisboa meu Santinho

És o Santo casamenteiro

E até és meu padrinho…


Santo António, meu Santinho

De Lisboa e Padroeiro do Estoril

Santo António meu padrinho,

Todos te admira, e fazem pedidos mil…


Santo António milagreiro

Também cá te venho pedir…

Nem penses que quero dinheiro,

Apenas quero força para resistir…


Santo António, meu padrinho

Vinde dar-me um pouco do que perdi

Queria daquele amado o carinho

Porque jamais ele soube o que senti…


Santo António, Santinho de devoção

Todos rezam a pedir para viver,

Santo António, para mim, amigo do coração

Converso para me dares o que merecer…


13.06.09

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quinta-feira, junho 11, 2009

PENSANDO-TE!

Fui crédula e aceitei

Palavras que usaste para acreditar

Para convencer

Para manobrar

Todo o amor que te dei…


Fui ingénua e acreditei

Em palavras que repetias,

Que só tinham um significado,

Com esse olhar enamorado

Com que mentias

E preterias o amor que te dei…


Fui louca por amores

Amores que chegavam e partiam,

Gentes que falavam sem dizer

E que, sem pejo me mentiram,

Sempre indiferentes às minhas dores…


Fui tolerante e perdoei.

Admiti que a distancia faz bem

E cheguei a sonhar com esse amor

Como se não houvera mais ninguém

Para amar com o carinho que te amei…


07.06.09

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segunda-feira, junho 08, 2009

ESPERANÇA

Deixei que uma estrela brilhasse

Espalhando raios de luz pelo Universo

Minha esperança também assim se espalha

E nas palavras que junto, deixo um verso…

A luz brilhante enche o meu peito de amor

E se tanto a minha alma não chorasse,

Nunca irias saber porque sinto tanta dor…

Que esta esperança me valha.

E que deixe o alento fazer em meu peito o berço

Para embalar meu sonho de viver

E esperar por ti para te abraçar antes de morrer…

08.06.09

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sábado, junho 06, 2009

UM DIA DE CHUVA

A chuva miúda volta a cair

Esqueceu-se o tempo que é Primavera

Escondeu o Sol para nos mentir

Que o tempo é tempo, apenas quimera.


A saudade que a chuva me faz sentir

Deixa minha alma louca pela espera

Desde o dia, que um dia, te vi partir

E esquecer esse dia… Ai quem me dera…


A terra molhada pela chuva e batida

Lembra toda a dor que foi sentida

Por ignorar se te voltaria a ver…


Na praia as gaivotas esvoaçaram

A minha alma e os olhos choraram

Porque por não te ver, irei morrer…


24.05.09



quinta-feira, junho 04, 2009

VOZES DA BEIRA-MAR


A areia segredou ao mar

Que as ondas, no seu vai e vem,

Partiam um dia, porque o iam deixar

Porque o mar não é de ninguém…


As ondas vêm e vão a chorar

Nas conchinhas ficam sonhos de quem tem

Todas as suas esperanças deixadas no mar

E nos búzios ficam aqueles gemidos também…


Deixarei meu corpo batido pelos ventos

Entre búzios, conchas e pensamentos,

Estendida nas ondas, à beira-mar…


Saberei os segredos da areia molhada

E também lhe contarei que estou apaixonada

Por alguém que jamais me quis amar…


25.05.09


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