O MEU TEMPO
Deixo o meu tempo passar
Minha alma é como a onda do mar
No vai e vem deixa esperança
Enquanto minha alma entre na dança
Vejo o meu tempo que se escoa
Sinto o meu amanhã como passado
E segredo-te, mesmo que te doa
Que nunca poderás ser o meu amado…
Deixo o meu tempo passar
Minha alma entristecida vai chorar
Enquanto meu corpo se cansa
E não mais entrará na dança…
Minha alma é a gaivota que voa
É um fado que o fadista entoa
Deixando as mágoas a desfiar
Como um crente passa as contas ao rezar…
14.01.10
Minha alma é como a onda do mar
No vai e vem deixa esperança
Enquanto minha alma entre na dança
Vejo o meu tempo que se escoa
Sinto o meu amanhã como passado
E segredo-te, mesmo que te doa
Que nunca poderás ser o meu amado…
Deixo o meu tempo passar
Minha alma entristecida vai chorar
Enquanto meu corpo se cansa
E não mais entrará na dança…
Minha alma é a gaivota que voa
É um fado que o fadista entoa
Deixando as mágoas a desfiar
Como um crente passa as contas ao rezar…
14.01.10
Etiquetas: Poema
1 Comments:
O tempo continua a correr, sempre todos os dias, parece que da mesma velocidade, a velocidade que não imprime nem mais ou menos aceleração. Tudo numa onda, numa caminhada que não se conhece ou ainda que se entenda perceber fica-se bem longe disso. Fico distante dessa dança e eu mesmo sou a dança que caminha contigo à deriva, onde tudo o que dizes se escoa. Em breve tudo é passado, tudo é um tudo que não podemos entender ou o entendimento disso escapa-nos duma forma estranha.
Ficam segredos, os nossos, tudo aquilo que dissemos, tudo aquilo que foi mais belo e continua a ser; sabes que é verdade, ninguém mais isso poderá entender. Sei que me entendes, és a única, sim, cheguei a essa conclusão... todos os dias falas comigo, todos os dias dizes-me as coisas mais belas, fazes-me pensar, ainda que existam mocas ou outras coisas do género. Mas! Somos assim.
Deixamos o tempo passar, nada podemos fazer... o tempo passa por todos e de igual modo, com mais ou menos dor, mas somos assim.
Ainda tens alma? Pelo menos tens essa breve certeza, eu nem disso sei. Nada sei... choro no silêncio e ninguém vê nada, e digo-te mais, desisti de uma série de coisas que ninguém entende; noutras vezes ando mesmo apático! Estranho? Talvez seja, mas isto que sinto nunca ninguém o poderá entender...
E o que fica afinal? O corpo fica por aí, fica... vamos ficando, enquanto estamos e celebram-se monumentos, estátuas, tocam-se músicas, uma saudade, um fado tocado e os fadistas elevam a voz daquele que partiu. Tempos... este é o meu e o teu tempo.
Belo poema, profundo, e inspirado nisto que escreveste, saiu-me o que aqui deixo e que fica... vamos ficando.
Com a minha amizade e um beijinho. Faz hoje oito dias estava ai contigo em Vila Franca de Xira, qual alegria nos assistiu! Tens sido sempre uma amiga implacável desde a primeira hora e serás sempre e eternamente.
Mil beijinhos
Jorge Ferro Rosa
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