quinta-feira, julho 30, 2009

PALAVRAS DO MEU PENSAMENTO

São sombras as minhas palavras perdidas

Agigantam-se à hora crepuscular

Às vezes são lágrimas sentidas

Que meus olhos vertem por tanto te amar…


São sombras minhas palavras estendidas

Que se embalam pelas ondas do mar

Num vai e vem constante, ficam perdidas

Num choro compulsivo, por tanto te amar


Travisto as palavras com saudade

Cheias das cores da verdade,

Que não são o meu cinzento.


São sombras as palavras que escrevo

Às vezes tristes por sentir o que não devo,

Mas sempre porque estás em meu pensamento…


30.07.09

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sábado, julho 25, 2009

SEREI?!!!

Ah!

A palavra procura

Quem sou,

Ou não sou

Nesta loucura

Em que sem nada, me dou…


Com descarada audácia

Sem recear ser falácia,

Onde vou ou hei-de ir,

Para fugir à clausura

E procurar saber quem sou…


Poderei ser flor

Talvez uma rosa amarela

Mas tu foste o meu amor

Por quem rezo e deixo uma vela

Num último gesto sem valor…


Quem sou?!!!

Alguém, perdida

Alguém que já chorou

E que preterida,

Ao pôr-do-sol findou…


Quem sou?!!!

O silêncio que perdura

A sombra agigantada

Um alguém que não é

E chora rindo como armadura…


Por acaso não serei

Um sopro de vento

Que passa agreste, sem lei

Levando-te no pensamento…

Não sei!!!


isabel

22.07.09

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quinta-feira, julho 23, 2009

COMPLEXIDADES NO VIVER

Perplexos os meus sentidos

Em ondeante apatia

Deixam estáticos os meus desejos


No meu corpo repassam lentamente

Aqueles ternos beijos

Que em meus suspiros foram retidos

Mas ao luar, tão vagamente

Todos os prazeres foram perdidos…


Na minha pele fica o arrepio

Que a onda deixa depois de baixar

E minha alma só sente o frio

Que depois de morta restar…


Vibram os capins na Lezíria

E a passarada anuncia o crepúsculo

Acompanhando minha alma já fria,

E nos lábios o último ósculo…


Isabel

22.07.09

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segunda-feira, julho 20, 2009

VELHA JUVENTUDE

Procurei na juventude a vida

Tentei esconder a velhice

Mas nunca encontrei o que queria:

Reviver jovem para sarar aquela ferida

Porque ter juventude era uma crendice

Que povoava meu sonhar de magia…


Roubei-te um pouco de beleza

Inspirei em ti minha poesia

E fizeste-me ter momentos de fraqueza…

Ainda mais velha ficou minha alma vazia.


Bebi das tuas palavras a juventude?

Usei-as para descrever o desespero…

Desgastei o amor e o que sonhava

Pensei que fosses toda a plenitude

Do que tanto idealizava…


Foste nada mais do que um ideal…

Criado pela minha fantasia

Foste aquele jovem amor irreal

Que fez da minha alma uma agonia…


Agora a vida é uma incerteza

Que a juventude brinda à minha solidão

Gargalhando da minha tristeza…

…Deixando minha velhice na sofreguidão…


20.07.09
isabel

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FICOU O SILÊNCIO…

Silêncio é o que fica de um amor acabado

Não canta o melro pela manhã

Nem há fadistas a cantar o Fado

Apenas fica o vazio de uma esperança vã…


Palavras soltas e sem significado

São as que morrem logo pela manhã

Porque o silêncio deixa o sonho isolado

Sonho de que minha alma foi guardiã…


Amor acabado num sonho perdido,

Silêncio eternizado no meu peito ferido

Pelo desgosto de sentir tanta tristeza…


Este meu amor que foi preterido,

Jamais aceite ou compreendido,

Ficou para sempre sem qualquer beleza…


isabel

12.07.09

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sexta-feira, julho 17, 2009

SILÊNCIOS

Silêncio é a voz que oiço dentro de mim

O meu silêncio é rouco, sensual…

Silêncio que parece o sussurro de um jardim

Parece a conversa de pétalas num roseiral…


O meu silêncio é longo e sem fim,

É tenebroso como o som de um vendaval

O meu silêncio é tudo o que resta de mim,

É solitário e tem uma tristeza sem igual…


Silêncio! Orquestra dos meus sentidos

Deixa que chore meus sonhos queridos

Porque no meu silêncio só há saudade…


Silêncio! Trinado de pássaros na floresta

Silêncio! Saudade de tudo o que resta…

Silêncio! Só é silêncio porque é verdade…


isabel

11.07.09

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terça-feira, julho 07, 2009

ESCRITO NA MENTE

O teu poema é como o meu

Escrevi-o num papel inexistente

Imprimi-lhe minhas dores

Timbrei-o com os meus quereres….

Pensei assiná-lo. Mas não!

Tudo o que tinha era deveres


Também nunca disse o que desejava

Em silêncio, assim, irei para além.

Morria no peito o nome que amava…

Partir enfim para um distante além

Onde ninguém me pedirá para ser.

Aquele alguém… sem causa, sem “deveres”


07.07.09

(poema com que comentei um trabalho lindo do Caderno da Alma)

domingo, julho 05, 2009

ROSAS AMARELAS


(foto de joaninha)

Brilham as pétalas das rosas amarelas

São como raios de sol ao nascer…

São como o meu olhar quando te vou ver…


Essas rosas que são tão belas

Quer dobradas, quer singelas

São estas rosas o meu amor

Que espalha um doce odor…


Quero rosas amarelas

Sobre as cinzas que deixar,

Ficarão eternamente belas

Sobre as cinzas que vão ficar…


Minhas cinzas serão o alimento

Que as vai deixar viver

E recordar a cada momento….


04.07.09

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