terça-feira, abril 25, 2006

ÚNICOS MOMENTOS


Loucura, são todos estes pensamentos.
São doidos devaneios, imorais, caprichosos…
São pedaços de prazer, por momentos,
Extravagantes instantes e tão gloriosos…


São mãos tépidas em ternos movimentos
Beijos suculentos entre lábios maviosos
Gestos perdidos ao acaso, meigos, lentos
E sem hesitações, muito doces e amorosos…


São fragmentos fragmentados, tão irreais,
Como as areias corridas por vendavais…
Que nesta dor profunda são tudo e nada…


Sinto irreverentes desejos de te chamar
E dizer que não passaste de onda do mar…
Que podias ter sido tudo e não foste nada…


24.04.06

quarta-feira, abril 19, 2006

TODOS OS DIAS DO AMOR!

(Ao amigo Gonçalo como comentário ao seu último post)

Como é tão simples amar!
Como é tão belo sentir
dentro de nós a pulsar,
sem necessitar de mentir...
o que é a beleza do Amor.
E sem lápis de colorir,
nem perfume de flor...
Apenas Amar, Amar…
Sem palavras eloquentes,
apenas gestos carinhosos,
cheios de momentos diferentes
e com carinho a sorrir,
de olhos nos olhos e boca na boca,
repetir, repetir, repetir…
que esses olhos brilhantes,
são tudo o que se pode amar…
são sonhos reais,
são corpos unidos,
numa encruzilhada
onde em beijos perdidos
e em suspiros e ais…
repetes, sem conta que estás a amar…

18.04.06

terça-feira, abril 18, 2006

Chanson d’amour


Je t’écrirai
pour te dire
combien je t’aime
et faire sentir
que je suis très heureuse
et si partir
j’irai chanceuse…
C’est la chanson d’amour
pour la chanter
a chaque jour
et amoureuse
répéter
que toute ma vie
c’est pour ton amour…
Tu m’a laissée
ici, toute seule,
et pour toi
mon âme vole…
Au revoir, amour d’ami
Je reste morte
avec mon poème
sans répéter que je t’aime…


Le 5 Mars 2005
08H00

quarta-feira, abril 12, 2006

DAS TUAS PALAVRAS


(Poema inspirado e dedicado ao amigo Gonçalo)


… … … … … … … … … … … …
Calo-me
À luz implacável do tacto frio da ausência.
… … … … … … … … … … … …

O frenético movimento das palavras,
Às vezes não ditas,
É o viver não vivido,
De sonhos-tormento,
Que nos faz perder tudo…

E o silêncio é o caos
Entre penhascos graníticos,
Numa monumentalidade esmagadora:
Escuros, tristes…moribundos,
Testemunho das desditas
Com o que, num qualquer momento,
Me desvaneço e iludo
Numa vontade enganadora
de desejos oriundos
nas entregas ilícitas
E nas carícias do vento…
Que deixam a paz enganadora
A quem não tem mais nada a perder….

12.04.06

terça-feira, abril 11, 2006

O AMOR EXISTE!


Estrelas que brilhais, cintilantes,
Num manto aveludado do Universo
Estrelas reluzentes e brilhantes
Que põem minha alma em verso…


Estrelas de luz, eternos navegantes
Fazendo esquecer o Mundo perverso
Deixam-me no peito versos cantantes
Estrelas, meu refúgio no Universo…


Roubei todo o amor que encontrei
Para ofertar a quem tanto amei
Que finge ignorar e não perceber


Existe Amor, sim! Existe o Amor
São pedaços de sonhos e de dor
Que vamos dando, sem nada receber…

11.04.06

GOTAS DO PENSAMENTO


Deitei meu caos pelo Universo.
Escolhi outro ponto no hemisfério sul
Deixei-me beijar por Orion, loucamente
E senti o como és tão perverso…
Gravitei pelo infinito, tão azul
E olhei as estrelas atentamente
E vi que teus olhos perderam o brilho
E os jardins já não são verdejantes,
Mas o rio vai lento para a foz…
Não vou mais correr pelo teu trilho,
Nem ouvir tuas palavras, quando mentes,
Porque no meu Universo, não oiço a tua voz…
Fico só, entre as estrelas cintilantes…

10.04.06

sábado, abril 08, 2006







Rosas da cor do verão
rosas da cor do meu sonhar...
rosas, rosas da minha paixão,
ou apenas rosas para chorar...






08.04.06

quarta-feira, abril 05, 2006

DIVAGAÇÃO DE SAUDADE


Amor, incerteza, saudade, não sei...
Apenas fica na memória gravada
a atenção, a ternura que dei...
que se dispersou sem ficar nada...


Apenas um nome que tanto amei,
Nome que me deixou apaixonada,
Com quem nunca me encontrei,
E apenas deixou saudade instalada…


A imagem apenas ficou imagem…
Como no deserto, uma miragem,
E nem tu conseguiste compreender…


A imagem era tua, com muito amor.
O sonho foi para ti e ficou toda a dor
Que me desespera, que me faz doer…

05.04.06

domingo, abril 02, 2006

SAUDADE!


Saudade és tu, sou eu, é o passado
É tudo o que foi e nunca mais será
Saudade é o monumento não inaugurado,
É tudo o que é válido e de nada valerá…

Saudade foi o poema escrito ao amado,
Foi a hora tardia que passou e não voltará…
É tudo com que sonhamos, não falado,
É tudo para onde olhamos e ninguém verá…

Saudade foi o que por amor matámos
E que por amor mentimos e odiámos…
Saudade, presente de ontem, que aplaudimos

Saudade é tudo quanto desejamos manter
Em nossas mentes, abafando o nosso querer…

Saudade são todos os desejos que diferimos…


01.04.06

BECO DOS SILÊNCIOS


Com palavras inconsequentes silenciaste
O diálogo-monólogo de silêncios, cruzado
E viraste todas as esquinas do que criaste:
Feito de invenções, conseguiste ser amado…


À esquina de todos os sonhos que mataste,
Criaste o caos a um sonho tão mal tratado
E ziguezagueando verdades, só queimaste
Toda a beleza de num universo inventado…


No beco dos silêncios, triste e abandonada
Esquecida, sem poder esperar mais nada,
Vou deixando que este meu corpo desfaleça…


No beco dos silêncios, apenas fúnebre odor,
Em vez do meu perfume, o do cheiro do amor,
Que deixarei, até que meu recordar esmoreça…


31.03.06

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