domingo, abril 02, 2006

BECO DOS SILÊNCIOS


Com palavras inconsequentes silenciaste
O diálogo-monólogo de silêncios, cruzado
E viraste todas as esquinas do que criaste:
Feito de invenções, conseguiste ser amado…


À esquina de todos os sonhos que mataste,
Criaste o caos a um sonho tão mal tratado
E ziguezagueando verdades, só queimaste
Toda a beleza de num universo inventado…


No beco dos silêncios, triste e abandonada
Esquecida, sem poder esperar mais nada,
Vou deixando que este meu corpo desfaleça…


No beco dos silêncios, apenas fúnebre odor,
Em vez do meu perfume, o do cheiro do amor,
Que deixarei, até que meu recordar esmoreça…


31.03.06

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