quarta-feira, abril 12, 2006

DAS TUAS PALAVRAS


(Poema inspirado e dedicado ao amigo Gonçalo)


… … … … … … … … … … … …
Calo-me
À luz implacável do tacto frio da ausência.
… … … … … … … … … … … …

O frenético movimento das palavras,
Às vezes não ditas,
É o viver não vivido,
De sonhos-tormento,
Que nos faz perder tudo…

E o silêncio é o caos
Entre penhascos graníticos,
Numa monumentalidade esmagadora:
Escuros, tristes…moribundos,
Testemunho das desditas
Com o que, num qualquer momento,
Me desvaneço e iludo
Numa vontade enganadora
de desejos oriundos
nas entregas ilícitas
E nas carícias do vento…
Que deixam a paz enganadora
A quem não tem mais nada a perder….

12.04.06

6 Comments:

Blogger Helder Ribau said...

absolutamente divinal... adorei todo o blog...

Helder

ditosecontos.blogspot.com

11:56 da tarde  
Blogger GNM said...

Para ti, querida amiga, deixo
um poema e um beijinho grande...


Pedras

Pedras. Reconheço-me nas pedras.
Nuvens violentamente negras e pedras
Amontoadas de um castelo que ruiu.

O sol fundiu-se, a cidade está afónica.
O calor dos passos acesos
Alenta este silêncio de vão de escada.

Musica longínqua, remota.
Um bêbado cambaleante fermenta na voz:
«Já não temos tempo…»

Calo-me
À luz implacável do tacto frio da ausência.

Calam-se as palavras,
Seca a tinta da caneta,
É o grito do caos.

E assim perdemos tudo…

12:03 da manhã  
Blogger jorgeferrorosa said...

Escrito belo e a quem é dedicado... merece. É profundo esse sentir. Gostei. Parabéns aos dois. Beijinhos meu doce.

8:48 da manhã  
Blogger Diolindinha said...

Bonito poema, vizinha Joaninha. Vá até ao meu sítio que há lá que ver.

8:24 da tarde  
Blogger isabel mendes ferreira said...

bjo. e uma excelente páscoa.

8:58 da tarde  
Blogger GNM said...

Passo e deixo-te um sorriso...

3:39 da tarde  

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