sábado, outubro 28, 2006

LEUTE


Leute!
Sie gehen unten
Allein
Sie sind die Masse,
Leute...
Ohne Träume
Bewegen unten schreier die Straßen
Sie sind die Schreeuw
Diese schnitt die leise Nacht.
Leute

Sie gehen hinunter......
Allein

Keine mehr Kampf.
Sie tragen den Traum
Sie sind die Masse ohne Liebe...
Leute
Sie gehen unten
Sie leben,

Aufpassen nicht den Licht.
Sie schauen herum,

Sie wünschen ein helles...
Unter den grünen Blättern von einem Alamo
Sie denken, daß Sie Recht haben
Aber allein,
Sie sind die Masse
Nach unten sich bewegen
In dieser kahlen Stadt.........


27.10.06

sexta-feira, outubro 27, 2006

O TEU QUERIDO NOME


Escrevi numa nuvem, teu nome amado,
Para o ler em cada passagem do vento;
Mas sempre forte, o vento mal parado,
Apenas murmura teu nome, como lamento…


Dei a uma rosa teu nome e o meu fado
E com fitinhas, atei-o ao pensamento,
Para que longe de mim, estejas a meu lado,
Quer na suave brisa, quer no ulular do vento…


Mesmo que vagueies, entre outros amores,
E não te veja nas nuvens, ventos ou flores,
Teu nome jaz na lápide e em mim…


No tempo vou lendo, se a nuvem o deixar,
O teu querido nome, que sempre hei-de amar,
Num rodopio de sonhos e emoções sem fim…

25.10.06

quarta-feira, outubro 25, 2006

“IMAGINAÇÃO CARICATURADA”


Caricaturei a tua face na imaginação
Depois dei-lhe força, amor e vida
E dia após dia …, depois, fiz a fusão
Do que queria ser a verdade, não iludida…

Animei o teu sorriso, cheio de compreensão,
Colori teus olhos da minha cor preferida
E pouco depois, estava certa desta paixão,
Tão perfeita, tão diferente; assim querida…

Cerrei os olhos, como heroína, e beijei.
Beijei o irreal sonho que tanto desejei…
Mas apenas beijei a imagem caricaturada…

A imaginação desvaneceu-se na dor
E a paixão nunca conseguiu ser amor…
Sem mais imaginar, apenas estou torturada…

25.10.06

terça-feira, outubro 24, 2006

SOBRAM AS TUAS PALAVRAS


Com palavras, construíste um palácio de cristal
E com elas, encheste-o de horrendos pavores.
Quiseste-me fazer um dia, a princesa especial,
Com palavras escreveste o que são as minhas dores…

Com palavras, fizeste a escadaria monumental
E eu subi-a, cheia de honrarias e favores…
Sentaste-me num trono de letras; num pedestal,
Com palavras, fizeste-me crer a beleza dos amores…

As tuas palavras primeiro faladas, depois escritas
São tudo o que resta das minhas desditas…
Pois acalentaram e evocaram todas as emoções…

E com palavras escritas, agora, para outro alguém,
Zombas da minha solidão, com palavras de desdém
E desces a escadaria, sem palavras nem perdões… … …

24.10.06

segunda-feira, outubro 23, 2006

ENCANTAMENTO


... na conquista da próxima vítima...
Love Is A Many Splendored Thing

domingo, outubro 22, 2006


Belo!
Depois de satisfeito, como bom predador, deixa o que resta...

sexta-feira, outubro 20, 2006

CAUSTICO SENTIMENTO


Amor, que sentimento tão estranho.
Amor, que não tem cor nem tamanho…

Amor, que de tão belo és triste,
Mas a que nenhuma alma resiste…

Amor, que devias fazer sorrir
E apenas finges amar, para ferir…

Amor! Queria tanto te louvar,
Dizer ao mundo que estou a amar…

Mas para quê devaneios de palavras,
Se com as tuas, tudo travas?...

Porquê, porquê se tem de amar em dor;
Amar tanto, a quem não nos tem amor….

19.10.06

quarta-feira, outubro 18, 2006

A MINHA MORTE, NÃO TA DOU


Se a minha morte for a solução,
se por morrer vais ser feliz,
dir-te-ei então, então...
que morrer, foi o que fiz...

Perfumes, palavras... sonhos!
Olhares, bocejos enfadonhos...

Mas não é tua a minha morte,
Nem saberás que já morri...
Jamais gozarás essa sorte...
como a de te ter amado, quando te vi...

Distancia! Calculismo, vazio...
efeitos das vozes do gentio.

A minha morte, não ta dou,
porque este morrer não é meu fim.
Apenas é a morte de quem tanto amou
e sem amor, chegou ao fim...

Para ti, sem ta ter dado, já morri.
apenas ficas com a saudade do que sofri....

18.10.06 09H57
isabel

segunda-feira, outubro 16, 2006

Fernando Pessoa escreveu:


“Dobre”

Peguei no meu coração
E pu-lo na minha mão.

Olhei-o como quem olha
Grão de areia ou uma folha.

Olhei-o pávido e absorto
Como quem sabe estar morto;

Com a alma só comovida
Do sonho e pouco da vida.


Eu escrevo…

“AMBÍGUO”

Levei-te o meu coração
E deixei-o na tua mão…

Disse-lhe adeus sem olhar.
Era teu. Para te amar.

Mas minha alma só e perdida
Por ti, sempre foi preterida…

E meu coração morto, ausente,
Por ti, assim ficou, tristemente…

16.10.06
isabel

terça-feira, outubro 10, 2006

Longa é a distância que me separa do além...
só, nesta estrada, não vejo ninguém...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Apenas estou triste...

quinta-feira, outubro 05, 2006

NADA


Duas vogais, duas consoantes: uma palavra - n a d a - eu!
Mas um dia fartamo-nos de não ser nada. Um dia, o vento sopra sul, as nuvens formam montanhas escuras como o granito e são tão densas, que paira uma escuridão intercalada com o riscar dos relâmpagos, que nos ofusca as ideias. E do pensamento, passamos à acção, e a acção é o nada. Ser mesmo nada!

Ser nada, implica ser mesmo nada para todas as coisas. Um nada não existe e se existiu passa a não existir mais. Não contestes! Foi mesmo isto que quis escrever, porque foi isto que me disseste: Não és nada! Não me apetece que sejas mais do que nada!

Um nada não ocupa espaço. Um nada não ouve mentiras. Um nada não sente que está sendo designado por nada. Um nada não reclama carinhos. Um nada não fuma cigarros para esconder a sua ansiedade, nem tão pouco troca, vende ou compra seja o que for…a um nada não se cobra nem se dá. Eu sou um nada!

Um nada não necessita falar. Um nada não ouve nem vê. Um nada não escreve e como não escreve, ninguém o lê…

Um nada, de nada carece. Não necessita que considerem que alguma vez existiu, porque sempre foi nada… Apenas nada!

E como nada, sem palavras, sem um querer, sem uma ilusão, sem absolutamente nada, o nada sou eu.

Um nada de nada tem saudade e como não é nada, também ninguém tem saudades de um nada… e como nada, sem utilidade, sem que mereça qualquer atenção, apenas por aqui fico, sem nada…

05.10.06

terça-feira, outubro 03, 2006

AO SOL POSTO


A ausência não vai trazer descrença, não.
Deixa o rasgão profundo, como as brechas na terra,
nos estios quentes e longos, como oceanos…
que não são a fronteira para nos separar…
mas um laço apertado, para mais te amar.
E os frutos maduros, as ondas do mar…
as discórdias, as zangas, a guerra…
não vão acabar com a minha ilusão…


o gosto dos teus lábios, são cerejas maduras,
são figos, são chocolate a derreter…


nas veredas do monte vejo a tua silhueta desenhada
e quero passar-lhe os dedos logo ao sol posto
para voltar a sentir as doces curvas do teu rosto,
onde ainda ontem passava minha boca,
cheia de ternura envergonhada,
mas plena da minha paixão louca…


Suculentos, os teus beijos deixam-me em êxtase,
são o suco das ameixas da minha infância…


E logo, ao entardecer, vou outra vez ao monte,
para recordar o sentir e voltar a vibrar,
porque quero dentro de mim guardar, eternamente,
o que a distância não faz parar,
nem a ausência jamais fará perder…
Vou esperar-te. Que venhas de mansinho,
como a brisa que vem do rio,
para meus braços, para te dar meu carinho…


03.10.06
isabel


(réplica inspirada no poema de GNM)

JANELA FECHADA



Eu gosto da tua cara enquadrada,
No rectângulo da tua janela, como fundo.
Tronco nu, frente à cortina amarelada
Centro da minha atenção. O meu Mundo.


Hoje passo. Olho e fico desolada,
Deixo escapar um suspiro profundo
Apenas é verdade, a janela está fechada
E eu mergulho no pensamento mais fundo…


E ao passar em frente da tua janela solitária,
Com essa presença, apenas imaginária
Sinto uma solidão… desespero, amargura…


E nos recônditos cantos da memória
Baila, a tua desabrida imagem, ilusória
Que sem dar, recebe a minha ternura…… …


02.10.06
isabel

segunda-feira, outubro 02, 2006

TU!


Morrer assim tão lentamente,
na eterna procura duma raiz
e questionando eternamente...
será que se pode ser feliz?...

01.10.06

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