domingo, fevereiro 18, 2007

IN MEMORIA


Algures, um dia, encontrei o teu olhar;
Rios de promessas; olhares prometedores:
Tudo sonhos; tudo como se estivesses a amar.
Uma sinfonia de pássaros cantores
Rimando com o murmúrio do mar…

Jacintos roxos descendo o rio a dançar,
O mesmo rio que vai colhendo minhas dores,
Sem hesitar na sua corrida para o mar,
Em tempo, que sem tempo, perdi meus amores.

Dizes. Dizes vezes sem fim não ser amado…
Alguém aqui, vivendo ainda, sem te ver…

Sinos que tangem no longínquo horizonte.
Inimagináveis tufos de nuvens pelo monte,
Lírios, rosas, jasmins em jardins perdidos
Vagas alterosas, desfeitas em espuma na costa…
Algas pelas rochas, quais cabeleiras desgrenhadas…

Coisas que me fazem chorar de saudade.
Ósculos que pago com um tributo velado;
Sorrisos onde escondo o sofrimento,
Trazido de um longínquo ontem,
A ti dedicando tudo o que escrevo, meu amado…


17.02.07
17H40

Free Hit Counter