E DEPOIS
Depois que senti o teu fugir lento,
e a agressão a esta ternura sentida
ainda tentei, em vão, num momento,
fingir que não estava tonta e ferida…
Fizeste-me rolar como folha ao vento,
Deixaste-me chorar sem fim, preterida
e como lixo, sem valor e sem alento,
estou, sem o meu “eu” e não querida...
E no que resta de toda esta recordação
deixo que ainda me vá batendo o coração
para me dar alguma esperança e resistir…
… ao quanto sonhar mentira destrói
e ao quanto neste meu peito tanto dói….
Talvez um dia e depois o possas sentir…
28.01.06