sexta-feira, fevereiro 26, 2010

ADEUS

Um adeus, uma lágrima sentida
Um olhar ao redor, de despedida.
Quisera abraçar o tempo com a dor
Quisera a tudo com ardor…

Um sonho de que acordei à partida
Antes mesmo de estar adormecida;
O meu sonho tão belo, de amor,
A minha devoção; todo o meu fervor…

Solitária, a saudade vai deixar
Que mais chore o meu amar
E ao partir fica cá dentro a solidão…

Para lá da janela as aves cantam
Doces tristezas que me encantam,
Chorando comigo esta paixão…

14.07.89
(in BNP)

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terça-feira, fevereiro 23, 2010

ROSA MURCHA

As horas passam naquele jardim
Jardim das flores mortas
Onde as crianças não brincam…
Onde ficam gentes num descanso sem fim…
Onde as noites são tão claras como o dia
E na laje há uma rosa só para mim…

Não deixem que a rosa murche
Nem que leve a minha fantasia;
Deixai a minha rosa com a beleza
Depois do orvalho matinal…
Deixai que a rosa esconda a verdade
Perfumando a Natureza,
Disfarçando a minha realidade…

23.02.10

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sexta-feira, fevereiro 12, 2010

ÁRVORE SECA


No meio do campo uma árvore nua
De ramos esticados e ressequidos
Uma árvore sem folhagem,
Despida pelo frio inverno…

Fantasmagórica sombra à luz da lua
No meio da terra vazia.
Seus troncos erguidos
Acariciados pela fria aragem
Que sopra noite e dia…

Árvore seca e solitária
Ergue teus troncos para o Universo
Conta aos pássaros a tua história
E guarda em ti este meu verso…

12.02.10
(desenho da joaninha)

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AQUELA VALSA


A chuva suave cai na estrada
Num dia cinzento, pardacento
A terra do jardim fica ensopada
Os pássaros ficam recolhidos
E eu ao som das goteiras, escrevo e invento…

A espera é sempre dolorosa
Porque não sabemos o que vem
A espera é lastimosa,
Se nunca chega ninguém…

A chuva é persistente e fria
Deixa o som da música acabada
Daquela valsa da minha adolescência
Que ouvia vezes sem conta, apaixonada
E me enchia de ternura e fantasia…

10.02.10

EU E EU


Converso com o meu pensamento
Um diálogo monólogo a sós.
Sem estrelas no escuro firmamento
Falo da solidão e do que sofremos nós
Enquanto entre as árvores ulula o vento…

Sem luar não há sombras no memento
Ao som da chuva os pássaros ficam sem voz
E eu segredo a mim que é um tormento
Esta imensa solidão tão atroz…

Que saudade do verão meu cantor,
Do teu fado e da guitarra, meu amor
Que saudade da luz do pirilampo…

Que saudade de Agosto e do Luar
Saudade do tempo em que o teu amar
Era como um chilreio pelo campo…

10.02.10

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quinta-feira, fevereiro 11, 2010

ETERNA VERDADE

Sou uma eternidade
E não passo de um dia
Sou uma brisa suave
Ou serei uma eterna verdade
Que vou deixando na poesia…

10.02.10

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

QUE SAUDADE!

Que saudade dos teus lábios meu amor
Qual brisa suave numa terna carícia
Sem igual a ternura e o seu sabor
Que não esqueço nem de noite nem de dia...

Que saudade imensa desse terno calor
Que nos meus lábios deixavam magia
E faziam meu peito pulsar com fervor
Como se o tempo acabase naquele dia

Que saudade sem fim ouvir-te falar
Repetir vezes sem fim que vivias para amar
E que jamais qerias estar longe de mim

Que saudade incomensuravel de te ouvir
Aqui e além o meu nome repetir
E a que irei sentir quando estiver naqule jardim...

05.02.10

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sábado, fevereiro 06, 2010

OS MEUS “SES”

Se a noite não viesse
Brilhava a luz do dia
Se as nuvens não cobrissem o sol
Nunca escurecia...
Se nunca tivesse escrito
Nunca teria feito poesia...

Se a lua nunca brilhasse
jamais haveria luar
nem poeta que declarasse
que poesia é amar...

De não brilhasse o sol
Não haveria sombras
Nem passaros a chilrear...
Se não brilhasse o sol
Nunca me esconderia para te amar...


05.02.10

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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

SÓ?!!!


Só?!
Mas quem disse que estou só?
Tenho comigo lápis e papel
Minha companhia ideal…
Só?!!!
Quando escrevo não estou só,
Mesmo escrevendo sem a doçura do mel
Jamais minha alma mete dó,
Porque este escrever é real…
Só!!!
Não estou só, essa é a realidade
Aqui, frente à folha de papel
Minha companhia ideal,
Sou eu. Eu apenas verdade…

03.02.10

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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

PORQUE SOU A ÚNICA REALIDADE

Eu sei que esta é a única realidade:
Estou aqui só e sentada
Procurando em mim uma verdade
Verdade que não existe e me deixa esgotada…

Voltou a chover por mera casualidade
O que me deixa deveras desesperada
Não pela chuva, mas pela instabilidade
De continuar só, mesmo estando apaixonada…

Mas no tempo que passa o que é verdade?
Apenas eu aqui sentada sou a realidade
Porque verdade e realidade não têm conjugação…

Mas o que é verdade ou realidade
Se no mesmo tempo ambas são desigualdade?
E a única realidade sou eu, na solidão…

03.02.10

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