sábado, outubro 24, 2009

ABANDONO

Sou um farrapo. Estou destruída

Nesta corrida à toa, desordenada,

Ando por aqui e alem perdida…

Sou um sonho; sou fumo. Não sou nada…


Desfeita, ansiosa, desiludida.

Pobre só; tão abandonada!

Toda loucura como uma ave ferida

Desejo-me em teus braços e amada…


Rasgada, dilacerada, sou pó de granito.

… quando parecia tudo ser tão bonito…

Sou em fúria uma rajada de vento…


No dia a dia eras rei do meu pensamento,

Sem perceberes todo o meu sofrimento,

Deixaste-me perdida neste labirinto…



03.10 1988

Etiquetas:

4 Comments:

Blogger Paula Raposo said...

Muito bonito!! Poemas que não sei comentar...beijinhos.

8:18 da tarde  
Blogger jorgeferrorosa said...

Tanto pessimismo. Calma! Vamos ser tudo o contrário do que está escrito ai. A noite ainda que escrura, permite-nos descansar. Sim, libertar de muita coisa. Contudo, se sente todas essas coisas nesse coração, faz favor de colocar tudo para fora e certamente ficará muito melhor.
Do ponto de vista estético está excelente. Há uma harmonia entre as palavras.
Beijinhos e força
PS. As melhoras
Jitos do JOrginho

9:46 da tarde  
Blogger Elipse said...

ESte é talvez um dos poemas mais belos que escreveste.
Pena ser tão, tão triste!

Beijinhos e muita rebeldia para venceres a tristeza e o resto.

8:52 da manhã  
Blogger LUA DE LOBOS said...

ai Maria Joaninha... agora vou ter mais tempo para ti que os nervos não me deixavam em paz... já lancei o livro e pronto! a ressaca está a passar e vou-te ligar daqui a minutos
jokas
milêna

6:21 da tarde  

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