ABANDONO
Sou um farrapo. Estou destruída
Nesta corrida à toa, desordenada,
Ando por aqui e alem perdida…
Sou um sonho; sou fumo. Não sou nada…
Desfeita, ansiosa, desiludida.
Pobre só; tão abandonada!
Toda loucura como uma ave ferida
Desejo-me em teus braços e amada…
Rasgada, dilacerada, sou pó de granito.
… quando parecia tudo ser tão bonito…
Sou em fúria uma rajada de vento…
No dia a dia eras rei do meu pensamento,
Sem perceberes todo o meu sofrimento,
Deixaste-me perdida neste labirinto…
03.10 1988
Etiquetas: Poema
4 Comments:
Muito bonito!! Poemas que não sei comentar...beijinhos.
Tanto pessimismo. Calma! Vamos ser tudo o contrário do que está escrito ai. A noite ainda que escrura, permite-nos descansar. Sim, libertar de muita coisa. Contudo, se sente todas essas coisas nesse coração, faz favor de colocar tudo para fora e certamente ficará muito melhor.
Do ponto de vista estético está excelente. Há uma harmonia entre as palavras.
Beijinhos e força
PS. As melhoras
Jitos do JOrginho
ESte é talvez um dos poemas mais belos que escreveste.
Pena ser tão, tão triste!
Beijinhos e muita rebeldia para venceres a tristeza e o resto.
ai Maria Joaninha... agora vou ter mais tempo para ti que os nervos não me deixavam em paz... já lancei o livro e pronto! a ressaca está a passar e vou-te ligar daqui a minutos
jokas
milêna
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