RETRATO
Quero descrever-me no último momento
Mas as palavras saem em atropelo
Parecem-se com a água na cascata…
Queria escrevê-las a todas,
Mas nem as forças ajudam…
Resta-me reter no pensamento,
Como um último apelo
Que tudo é para esquecer…
Que fui criança mimada
E que ninguém lhe disse que ia crescer…
Que devo esquecer que fui mulher de lata,
Que não passei de um velho relógio,
Sem corda, porque a corda se partiu…
Devo esquecer que fui robot
Que fui um monte de sucata
… a quem chamaram de bibelot …
Mas e depois? Tudo ruiu!
Que importa o que foi bom?
Que importa recordar se algum dia amei
E até quem me amou?
E se mais palavras houvesse para me descrever
Elas apenas seriam o meu desespero a aumentar
E eu não seria nem mais daquilo que sou…
Vivi duas vidas – qual delas a real…
Esta aqui onde estou…
Fui… aquela que fui
E fico aqui nestas palavras a monte…
Desmantelando o meu ideal
Descrevendo o indizível,
Vertendo lágrimas como água numa fonte…
19.01.09
Mas as palavras saem em atropelo
Parecem-se com a água na cascata…
Queria escrevê-las a todas,
Mas nem as forças ajudam…
Resta-me reter no pensamento,
Como um último apelo
Que tudo é para esquecer…
Que fui criança mimada
E que ninguém lhe disse que ia crescer…
Que devo esquecer que fui mulher de lata,
Que não passei de um velho relógio,
Sem corda, porque a corda se partiu…
Devo esquecer que fui robot
Que fui um monte de sucata
… a quem chamaram de bibelot …
Mas e depois? Tudo ruiu!
Que importa o que foi bom?
Que importa recordar se algum dia amei
E até quem me amou?
E se mais palavras houvesse para me descrever
Elas apenas seriam o meu desespero a aumentar
E eu não seria nem mais daquilo que sou…
Vivi duas vidas – qual delas a real…
Esta aqui onde estou…
Fui… aquela que fui
E fico aqui nestas palavras a monte…
Desmantelando o meu ideal
Descrevendo o indizível,
Vertendo lágrimas como água numa fonte…
19.01.09
Etiquetas: Poema
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