quarta-feira, julho 09, 2008

NA PAISAGEM


Deixei-te no horizonte, rochedo
Como barco à deriva, sem norte
Na noite escura cheio de medo
Ao som das ondas num canto de morte…

Deixei-te solitário a guardar meu segredo
Enorme, cinzento, de rocha forte
Com as sereias a contar o enredo
Da triste história da minha morte…

Gaivotas e outros pássaros do mar
Desenham espirais com o seu voar
Acompanhando a melodia da solidão…

E tu rochedo no mar, como monumento
Ficas como estátua do meu pensamento
Enquanto aves e sereias choram minha paixão…


09.07.08

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