PELA NOITE
Noite escura, de sombras incertas
Bamboleantes, oscilando no caminho
Deixa que a brisa entre nas janelas abertas
Com carícias cheias de carinho…
Na noite as dores ficam despertas
E pairam dentro de nós em remoinho
Deixando-nos solitárias, desertas…
Onde as dores seguem seu caminho…
Mas que dores são essas tão devastadoras
Que inibem o pensamento das sofredoras,
Em que se misturam a dor física e a da alma?...
Que dores que nos deixam moribundas
Oscilantes e confusas das nossas dores profundas
E fazem vir o choro e o sofrer sem calma…?
13.04.08
Hospital Pulido Valente
Bamboleantes, oscilando no caminho
Deixa que a brisa entre nas janelas abertas
Com carícias cheias de carinho…
Na noite as dores ficam despertas
E pairam dentro de nós em remoinho
Deixando-nos solitárias, desertas…
Onde as dores seguem seu caminho…
Mas que dores são essas tão devastadoras
Que inibem o pensamento das sofredoras,
Em que se misturam a dor física e a da alma?...
Que dores que nos deixam moribundas
Oscilantes e confusas das nossas dores profundas
E fazem vir o choro e o sofrer sem calma…?
13.04.08
Hospital Pulido Valente
Etiquetas: poesia e desenho de joaninha
3 Comments:
Pela noite acontecem fenómenos existenciais e as incertezas tomam o seu lugar e numa situação destas ainda mais complicado é. Deixamos sim... fica o lado solitário e enigmático quase paradoxal ante a existência. Não sei qual o sentido das dores, apenas consomem, conduzem para o precipício, para o nada que se quer apoderar paulatinamente. Onde fica o pensamento? Onde? Tudo se mistura na confusão e na profundeza da ideia inibidora do além. O que é o sofrimento? O que é tudo isto? Como entendo, como sinto, como valorizo...
Gostei do trabalho poético. Muito. Contudo, desejo significativas melhoras e temos que nos encontrar e olhar perfeitamente a clareza da realidade existencial. Beijinhos e até breve!
Jorge
nessas noites escuras..deixe-se aconchegar pelo farol de uma lamparina, foco de luz, de calor, de presença, de conforto.
porque nunca está sozinha.
nunca.
Invoque a nightingale, que vela, sempre.
P.S. lamparina é o símbolo/metáfora de enfermagem
P.P.S. nightingale é o apelido da enfermeira percursora do modelo de enfermagem moderno, exímia cuidadora que velava pelos doentes na guerra da crimeia, confortando-os na dor, dia e noite. pode ser também o rouxinol que lhe sussura belas melodias ao ouvido quando está triste..
:)
peace.
*
pronto, já passaram as dores!
Beijos alegres.
Enviar um comentário
<< Home