ENCAMINHO-ME PARA O SOL
Sinto o vento que sopra do Sul,
Cortante como fios de gelo fino,
Sulcando corpos e almas vadias
Deixando-os perdidos, sem tino…
Oiço o agreste sibilar das ventanias…
Cortante como fios de gelo fino,
Sulcando corpos e almas vadias
Deixando-os perdidos, sem tino…
Oiço o agreste sibilar das ventanias…
Por todo o lado há folhas exangues;
Espalhadas pelas bermas da calçada
Mostram, com ironia, um passado,
Mostram a fragilidade da vida.
Mostram o seu tempo esgotado…
Mostram o seu tempo esgotado…
No céu correram nuvens; ficou sombrio
Vagueiam também meus sonhos de ilusão,
E enquanto conto as vogais do alfabeto,
Escrevo um verso triste sobre a paixão
Que me deixou o frio do Inverno onde vegeto.
Melancolia igual à das ondas do mar,
De um mar revolto e acinzentado,
Onde me debato nas suas águas, agitadas.
Desejando alcançar a praia onde estás sentado...
Já não tirito mais. Enfim chego às areias doiradas.
Encaminho-me para o sol, tão desejado.
Para aquecer meu corpo. Para me encontrar,
Nos braços de quem é meu amado…
10.05.07
1 Comments:
E eu para onde vou? Para onde me encaminho? Não sei... por vezes fico assim. Sim, fico assim, no Caderno da Alma - http://jorgeferrorosa.blogspot.com (Finamente recuperei)
Beijinhos
Jorge
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