A MINHA SOMBRA
Quem sou, onde estou, aonde irei?
Uma sombra distendida pelo chão,
Não mais do que uma sombra serei…
Serei talvez Inverno, nunca o Verão…
O que penso, que desejo: jamais direi.
Apenas saberás que foste uma paixão
Só sonho e que passou. Que enterrei,
Ficando a minha sombra e a ilusão…
Algazarra de sons: Não volto a ouvir.
Palavras soltas de um eterno mentir…
Que a minha sombra não vai guardar…
Pelos montes, pela rua, na pradaria,
Apenas serei a sombra escura e fria
Daquele alguém que sonhou te amar…
17.03.06
2 Comments:
Isabel, raramente consigo
comentar-te.
Quando entro nos comments aparece-me
quase sempre «Página não econtrada»!
E como não tens aqui o teu mail...
Mas hoje consegui!
Sobre o teu poema, escrevo-te:
«amor é apenas amor
ideia
não se pode aprisionar nas algibeiras
não tem alfandegas nem fronteiras
nem palavras nem barreiras nem maneiras
ébria simplicidade»
Não desistas de nada do que sentes
que queres!
Platão tinha razão ao falar das sombras... e Kant, coloca as questões iniciais do poema! Gosto mais do Inverno do que o Verão.
Algazarra de sons... quem os proporciona? Serás o que desejares... força!
Trabalho poético bem bonito, sempre nostálgico e muito pessista. Paraquê tudo isso? Resolve alguma coisa?
A foto da sombra está bonita, muito bela mesmo. Gostei, parabéns. Beijinhos.
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