terça-feira, março 07, 2006

TÃO SOMENTE


Se não fosse falso o que sinto na minha pele,
Toda a vibração que me provoca um estremecer,
Seria o êxtase pleno. Seria o da doçura do mel…
Seria todo aquele encantamento a não esquecer…

Mas o é que não é, vai tendo apenas sabor a fel
E em cada estremecimento somente há o sofrer
Que engelha, arrepia e vai doendo na minha pele…
E o pensamento fixo, unicamente, é o de morrer…

Podes mostrar toda a gentileza, porque é falaciosa
Podes tentar até um carinho, uma palavra amorosa…
Mas vêm aumentar os medos que abalam meu ser…

Teus beijos serão os beijos do novo encantamento,
Serão uma troca de sentidos, num breve momento.
E agora sabes porque choro e apenas quero morrer…

07.03.06

3 Comments:

Blogger gP said...

a beautiful poem. i read it translated into english using babel fish...

6:03 da tarde  
Blogger Nekynho said...

A morte não é que uma passagem para a outra margem :o)

8:13 da manhã  
Blogger GNM said...

"retiro os escombros do peito
e construo dentro de mim uma nova casa
com vista para o impossível
mas os tijolos sangram
como se estivessem a ser utilizados
para a construção de um túmulo
jamais
estou mais vivo que a própria vida
direi à morte quando vier
de mansinho ao meu encontro
durante os próximos cem mil anos"

Diz-lhe o mesmo Joana!
(presumo que é este o teu nome. Estarei certo?)

Um sorriso meu. Mesmo meu. Real, jamis falacioso.

1:26 da manhã  

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