quarta-feira, agosto 22, 2007

“A DOR”


Ao perder um grande amor,

Podendo mesmo ser um sonho,
Ai quanto dói esta verdade…
Imaginamos que morremos sem ele…
Que passamos a ser irrealidade.

Nada mais importa.
Nada mais tem muito valor.
É o âmago do medonho.
É o fechar de uma porta…

Não há motivos. Não há mais porquês.
Nem existem razões de se chegar nem onde ir.
Como dói aquela ausência
Como destrói aquele partir…
É a destruição do amor…

Como dói ter de esquecer nunca mais estar em seus braços.
Como dói acabarem as ilusões,
Como dói não mais sentir os abraços

Nunca mais…
Como dói a falta das emoções
E toda aquela ânsia…
E a nostalgia…
Das pulsões…

E no entanto, quando aquela dor alivia,
Quando os olhos secam
E fica a branda agonia,

O que sentimos não é remédio
Mas o vazio, o tédio
Toda a frustração
Do que nos falta…
Aquele pedaço que jamais é consertado…
É o desfazer do coração
Por lhe faltar o ser amado…
É toda a insatisfação
De um amor cerceado…


14.08.07

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1 Comments:

Blogger Flávia Vida said...

...dói a falta das palavras, por mais triviais e simples que sejam.dói a falta do olhar por mais distante que esteja. dói acordar e notar que aquele dia será mais uma vez repleto do vazio ...
(lindo demais seu poema ...é exatamente como nos sentimos quando da ausência de um amor ...)
beijinhos
[olhos marejados]
:)

1:44 da tarde  

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