domingo, julho 29, 2007

APENAS POEMA


Bocados de sonhos arrancados num grito.
Jogo-me nas armadilhas de meu corpo,
Trespassando abismos destilantes
De lágrimas, água como a das fontes…
Que enche uma taça encobridora
de palavras, segmentos
dos ínfimos momentos rarefeitos,
onde enlouqueço e muda
vou desafiando a gravidade dos corpos celestes.
Miudamente apressada, abreviando saídas:
de cena, do quadro, do espectáculo,
como um grito que se desfaz ao Luar
e rege o cosmos, num vendaval de palavras,
nas minhas noites iluminadas de brisas,
vou perdendo o sono, em arrepios,
metendo as mãos nos seios vazios
em círculos, concêntricos,
acompanhando palavras devassas,
neste meu corpo devassado,
Agredido pelo desejo amordaçado
E não realizado
numa história inacabada…

28.07.07

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2 Comments:

Blogger Felipe Moura said...

Termino de ler esse poema, com os olhos cheios de lágrimas, pela emoção causada por "Apenas poema". Pela primeira vez, um poema foi capaz de seduzir meu choro! Muito Obrigado! Abraços Felipe Moura www.felipehpm.blgospot.com

12:02 da manhã  
Blogger Flávia Vida said...

"apenas poema"...
o que ja basta aos
amantes e aos poetas...

beijocas joaninha de
pintinhas "coloridas" porque o preto vem a ser a soma de todas as outras cores

:)

2:37 da manhã  

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