DESMORONAMENTO
Entre os escombros
Deste velho edifício abandonado,
Dança um sonho
E o gosto do teu beijo apaixonado…
Dança a ilusão
Dança a loucura;
Paira o medo da distância,
A incapacidade de gerir a ausência…
Nesta velha construção em ruína,
Decadente, decrépita,
Onde ainda bate um coração,
Onde uma alma genuína
Vagueia, cheia de paixão;
Ouvem-se os estalidos da derrocada
Daquele sim que foi não…
De quem foi abandonada,
Sem direito a reconstrução….
Os madeiros envelhecidos,
Nuns olhos tristes e chorosos
Sem uns outros tão queridos…
Rebeldes, falaciosos,
Que vão deixando estes perdidos
Entre momentos tão saudosos…
E na queda eminente,
Sem qualquer salvação,
Deixa-se que passe gente
Que entre a mentira e a omissão
Não escuta os soluços dolorosos
Que rasgam os destroços de quem ainda sente….
24.01.07
1 Comments:
Olá, vizinha Joaninha!
Gostei de vê-la lá pelo meu canto, como sempre! Não me diga que continua com aquele problema! Olhe que assim fica cheia de rugas e depois tem de fazer como a Lili Canecas! E olhe que a nós não fazem "borlas" porque não semos do jete sete!
Gostei do poema. Toda a vida é uma ilusão...
Beijinhos
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