domingo, setembro 13, 2009

NABUKAÉ

Não sei se foi agora,

Se antes do sol nascer

Não sei se foi o vento naquela hora…

Ou a lua a aparecer…

Nabukaé!

Não sei se vieste para me ver

Ou foste apenas flor que brotou

Sei que a minha alma chora

Por tanto te querer…

Nabukaé.

A saudade é do momento

Mas sinto-a sempre a crescer

Sinto o fervor quando a tua boca beijou

E dentro de mim, como um fermento

Aumenta o desejo de te ver…

Nabukaé!

Não sei se és um lugar ou imaginação

Não sei se és flor ou onda do mar

Apenas sei que és a minha agitação

Que és a força do meu amar…

Nabukaé…

Não sei se és estrela ou constelação,

Se és uma vila ou cidade fantasma

Sei que vives fechado no meu coração

Como se fosses sangue e plasma…

Nabukaé!

Nabukaé…

apenas sei que és a minha paixão…



(L.M.) 1972

Maputo

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