NABUKAÉ
Não sei se foi agora,
Se antes do sol nascer
Não sei se foi o vento naquela hora…
Ou a lua a aparecer…
Nabukaé!
Não sei se vieste para me ver
Ou foste apenas flor que brotou
Sei que a minha alma chora
Por tanto te querer…
Nabukaé.
A saudade é do momento
Mas sinto-a sempre a crescer
Sinto o fervor quando a tua boca beijou
E dentro de mim, como um fermento
Aumenta o desejo de te ver…
Nabukaé!
Não sei se és um lugar ou imaginação
Não sei se és flor ou onda do mar
Apenas sei que és a minha agitação
Que és a força do meu amar…
Nabukaé…
Não sei se és estrela ou constelação,
Se és uma vila ou cidade fantasma
Sei que vives fechado no meu coração
Como se fosses sangue e plasma…
Nabukaé!
Nabukaé…
apenas sei que és a minha paixão…
(L.M.) 1972
Maputo
Etiquetas: Poema
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