segunda-feira, julho 10, 2006

PORQUE SEMPRE HÁ (OUTRA) VIDA!

Um dia vais chamar-me e não vou responder.
Esse dia poderá ser hoje? Era uma vez? …
Porque deixei de suportar.
Porque não mais quero ouvir
Tudo o que possas dizer…
Nem os “não” nem os talvez…
Que servem para enganar? …
Não! Apenas para omitir…
A quem também vais dizer,
Com ar ingénuo e cortês,
Para que possa acreditar:
No que andaste a repetir,
“Gosto muito de ti!”

Mas são maneiras diferentes!
Poderás sempre contrapor…
Gostar, gostar? Saberás o que é?
Já nem eu sei!...
Porque realmente não mentes…
Porque ignoras o amor
Porque não passa de conversa de café…
O resto fui eu que imaginei…
Nas frases eloquentes
Ditas com tanto fervor…
Para olhos de quem não vê…
E de que tanto gostei…
Mas que me hão-de ser indiferentes…

Hei-de conseguir olhar-te sem te ver.
Deixar-te rabiscar muitas letras…
Em grandes folhas de papel,
Que são para (quem) ler…
E não passam de ilusão,
Palavras de engano, tretas…
Palavras de alucinação,
Porque não sabes dizer
A quem te teve no coração,
Que amar é viver.
Porque te amou com devoção,
Respeitando essa forma de ser
E por ter amado tanto, de saudade vai morrer…


10.07.06

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