NOSTALGIA
Olho os plátanos e vejo os jacarandás
Vejo os teus olhos profundos e serenos
Naqueles fins de tarde róseos e amenos.
Sinto imensa saudade dos beijos que me dás…
Passeio a olhar e pergunto-me se voltarás
A pisar estas ruas e caminhos terrenos…
Pergunto se algum dia mais nos veremos,
Para voltares a dar-me os beijos que me dás…
Queria odiar as gentes que nos separam
Queria queimar os anos que nos afastaram.
O que queria mesmo, era partir contigo…
Não mais acácias rubras, cheirosas
Nem mesmo canteiros cheios de rosas…
Apenas morrer em teus braços, meu amigo…
14.07.06
3 Comments:
Que belíssimo soneto...
Dá vontade de ler e reler!
Sorrisos para ti!
Olhar, ver ou não, implica sempre uma atitude e o ser humano é especialista nisso... os fins de tarde são propícios a muitas situações e quando debaixo de determinadas árvores, a inspiração pode aumentar e os ritmos serem acentuados, pela sensibilidade e apreensão do que está em torno.
As perguntas são sempre uma constante, visam esclarecimento, visam algo mais que não está resolvido, ainda que momentaneamente. Este querer que está patente pela leitura do trabalho poétido, é muito forte, implica sentimenos que por vezes oscilam entre o amor e o ódio! Um querer de pertença e profundidade, onde se vê a plena insatisfação, algo que não está preenchido e que ainda não está resolvido... desculpa! Mas, esse morrer, implica um estar constante, uma atenuante na psique, por uma terapia do estar, um estar que se espartilha e que na sua difusão celebra o castelo do amor. Lindo trabalho, merece mil beijinhos... ,mas nada de ficar em depressão. Lá fora a vida continua e a positividade é o elemento primordial... toca a mudar a música do blog, esta é muito triste.
memorable lines, a tribute to friends. Very nice.
Enviar um comentário
<< Home