quarta-feira, julho 19, 2006

INQUIETAÇÃO


Tenho tantas dores!
Dói-me o corpo envelhecido,
Dói-me a alma, triste
Pelos sonhos moribundos…
Sinto falta das flores…
De todo aquele capim amarelecido
E da esperança que já não existe.
Diferentes os nossos mundos!
Diferentes os nossos amores.

Diferentes as nossas fantasias.
Formas diferentes de existir
Mas o amor e o ódio sempre latentes…
E sempre um novo encantamento…
Críticas, observações, ironias…
Estranhas formas de omitir,
De sonhos que vão sendo inconsequentes
E tanto sofro em cada momento,
Que minhas dores são permanentes agonias…


Não quero que amanheça amanhã.
Não quero olhar meu rosto ao espelho,
Nem pensar, que ao passar, te vou ver…
Não quero repetir que és o meu amor…
Quero esquecer a esperança vã
Que este meu rosto cansado e velho,
Se iludiu, para um dia te dizer
Que eras o meu doce amor…
Que foste o meu sol, em cada manhã….


Mesmo que tenha de partir,
Mesmo que isso me custe a vida…
Mesmo que tenha de te ignorar,
Se for para tua felicidade,
Não assistirás à minha decrepitude.
Nem me segredarás que te sou querida,
Pois não aceito que tenhas de simular,
Que tenhas de viver tão grande crueldade,
Porque isso não passaria duma falsa atitude…


08.07.06

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