terça-feira, maio 09, 2006

DESPOJOS DE UM SONHO


Eu sou a vela que se extingue lentamente,
Postada aos teus pés, como num altar…
Minha chama baça dança vagamente
E perde-se nas sombras do teu olhar…


O fumo em longa espiral, sobe tremente,
Igual à brisa de um estio, à beira-mar…
Tu, igual a um nada, és sonho inexistente
E eu, apenas a vela ardendo, por te amar…


Dos meus sonhos nada resta: só dou
E do nada que resta, já nem sei quem sou:
Breve suspiro, memória de uma vaga ilusão…


Dos meus anseios, resta o nada da vida.
De todo o meu tempo, nem uma hora sentida
E a vela vai consumindo-se por esta paixão…




09.05.06
11H45

4 Comments:

Blogger Patricia said...

Oi minha querida amiga... acho que estou de volta... deu uma vontade de retomar meu cantinho....
Como estão as coisas contigo???
Estou com saudades...
Bjs minha amiga... fica bem :)

6:25 da tarde  
Blogger Elipse said...

Ai a tristeza e a paixão consumidora desta alma poética!
Beijinhos, querida amiga!

6:15 da tarde  
Blogger Diolindinha said...

Minha querida vizinha, sempre romântica e apaixonada... Já vi o seu "bilhetinho". Pois é, isto anda muito mau... Os vizinhos andam fugidos. Se calhar fora já para a praia! Bem me apetece também...
Venha até cá quando puder, falar com a Diólinda!

10:42 da manhã  
Blogger jorgeferrorosa said...

ANSEIOS E VAZIO

O que resta do que já não resta,
É este pedaço do vago, do ausente!
Chamo-lhe nomes, para te dizer da festa
Inexistente, do vazio o meu somente.

Espiral de contradições em fulgor!
É brisa que sopra profundamente...
Sonho inexistente, a luz do amor
Que neste nada, todo o meu ser sente.

Do que resta já não sei! É vaga ilusão,
Não quero sonhos sem realidade... não,
Apenas a memória que me dê conforto...

Levo na alma a saudade profunda...
Os meus anseios, a emoção que abunda
Levo da vida, olhares, o teu morto.

Jorge Ferro Rosa - 12.05.2006 - 20:07h

Escrevi este poema inspirado no teu, medido pela profundidade do sentimento, aquilo que se tem, que mexe, que de um modo origial toca e que de outro modo não se consegue (tempo real) precisar. Esse poema que escreveste, é lindo, belo, cheio de uma intensidade muito peculiar. Parabéns. Continua a escrever Joaninha. Uma noite agradável. Beijinhos do Jorge Ferro Rosa

7:17 da tarde  

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