sábado, setembro 22, 2007

ÚNICA REALIDADE


Minha comadre, Senhora Dona Morte
Vinde depressa buscar-me, por favor,
Não suporto por mais esta má sorte
De ter e não ter, ou não ser o seu amor.


O que sinto é incomensurável e tão forte,
Quando beija a minha mão com fervor,
Que só vós, Senhora Dona Morte,
Podeis libertar-me de tão profunda dor.


Amar assim, perdidamente, é loucura,
Porque não há quem creia em tanta ternura,
Eis porque apenas fica o fumo da saudade...


E nos braços fortes da Morte, eu vou.
Fica a lenda de quem amei e não me amou.
Fica o meu pó, única realidade...

22.09.07

2 Comments:

Blogger Leonor C.. said...

Lindo, forte, triste... A isto chama-se desalento, que leva ao fim do percurso muitas vezes.Mas para quê antecipar o inevitável? A vida é uma escada com muitos degraus. Pena é que sintamos que em vez de subi-los estamos a descê-los...

Beijinhos

7:20 da manhã  
Blogger Velasquez said...

ola,

podes actualizar a informaçao sobre o lançamento do Livro Versos Nus?

agora é: 19 de setembro - Lisboa - no Magnolia Caffee da Praça de Londres, pelas 16 horas.

tudo aqui: www.tiagonene.pt.vu

Obrigado

Tiago

3:44 da tarde  

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