A PÁGINA NÃO NUMERADA…
Esta página não tem número. Podem ser até várias páginas, muitas folhas… o tanto que tenho para escrever à minha amiga, que no seu silêncio, muito pacientemente, vai lendo palavra a palavra do que vou escrevendo, porque só ela tem capacidade de ler o que em mente vou transmitindo ao papel…
Apraz-me este monólogo transmitido ao papel.
Mesmo que não quisesse, sei todas as respostas que me vais dando a cada linha que escrevo. Escutei-te tantas vezes…
Mas não importa que neste momento o mundo partilhe as minhas letras, as minhas palavras e que tire as ilações que queira tirar…podem até chamar-me de doida, muito embora o termo tenha sido abolido. Podem chamar-me depravada, ansiosa e ou qualquer outra coisa… Mário Sá Carneiro escreveu como escreveu…Eça de Queiroz, Camões, Florbela Espanca… Jorge Amado, Mariana Alcoforado, Alexander Pushkin e milhentos outros poderiam ser mencionados, porque, numa profundidade filosófico-sentimental, escreveram e encantaram povos do mundo inteiro e continuam a despertar muito interesse em camadas intelectuais, pois que se pode sempre dissecar mais um pouco as suas obras e delas extrair mais conhecimentos. Então, eu, simples mortal, que gosto de escrever, porquê deverei silenciar esta voz interior e fingir, como toda a gente que por aí anda, fingindo… Fingindo que são o que não são. Fingindo ter sensibilidade e depois amarrotam-nos como se fossemos um bocado de papel sujo… Possivelmente, se escrevessem, se divulgassem, poderiam ser melhor compreendidos, pelo menos, pelos mais cultos…
Mas “amigona”, sabes que gosto de escrever, para dizer o que não digo e descrever o que a imaginação me proporciona, mesmo que seja diabolicamente imaginativo…
Sabes que sou uma apaixonada incondicional do que se escreve sob a acção da imaginação, pois que me dá um gozo imenso transportar para gentes reais, o que as irrealidades da mente nos oferecem…
Amiga! Apaixonei-me! Estou mesmo “doida”… será? Tenho de enfrentar o Mundo, os Astros e toda animalária que povoa isto tudo… e ainda por cima, por alguém acéfalo, que se reduz ao que os outros pensam e dizem, que não sabe ler e que se julga dono do mundo…porque vive de intimidades com “um” outra pessoa… Já viste como o nosso Globo está enigmático…? Não reproves, porque não há nada a reprovar. NADA! E isso é o que me destrói…nada! E haverá alguém, algum dia, que diga que sou a pessoa mais importante do mundo, sem dar nada, sem querer nada…apenas o que procuro desde a idade das cavernas? … Mas há, há o suficiente para escrever, escrever sem fim, imaginar e escrever sem fim, ver amigos a definhar por angústias indecifráveis para a maioria que os rodeia, ver guerras indiscutivelmente inúteis, observar que se perde tempo com estudos que se deitam fora ou se arrumam em prateleiras empoeiradas…enquanto isto, a pessoa que conheceste no Casino, continua a fazer voos rasantes no seu Halfa Jet particular, a experiênciar voos de hélio, a jogar Ténis ou Golf e a contar os milhões que a banca dá… mas que a mim nada dizem… Amizades para servir de tapete…Não! Tenho a experiência de muitas décadas… e não dá nada…
Nela, foi terrível ter sentido o que sabes, aquando fragilizada pelos acontecimentos mais noticiados e de tanta desumanidade…como é que pude estar a sentir, como pude reagir à voz, ao olhar, à pele… andava morta sem ter morrido… e agora revolta-me o saber, do que queria ignorar…
A minha saudade veio, acariciou minha imaginação e sempre a sorrir cantou… “petite fleur…”
08.07.05
Apraz-me este monólogo transmitido ao papel.
Mesmo que não quisesse, sei todas as respostas que me vais dando a cada linha que escrevo. Escutei-te tantas vezes…
Mas não importa que neste momento o mundo partilhe as minhas letras, as minhas palavras e que tire as ilações que queira tirar…podem até chamar-me de doida, muito embora o termo tenha sido abolido. Podem chamar-me depravada, ansiosa e ou qualquer outra coisa… Mário Sá Carneiro escreveu como escreveu…Eça de Queiroz, Camões, Florbela Espanca… Jorge Amado, Mariana Alcoforado, Alexander Pushkin e milhentos outros poderiam ser mencionados, porque, numa profundidade filosófico-sentimental, escreveram e encantaram povos do mundo inteiro e continuam a despertar muito interesse em camadas intelectuais, pois que se pode sempre dissecar mais um pouco as suas obras e delas extrair mais conhecimentos. Então, eu, simples mortal, que gosto de escrever, porquê deverei silenciar esta voz interior e fingir, como toda a gente que por aí anda, fingindo… Fingindo que são o que não são. Fingindo ter sensibilidade e depois amarrotam-nos como se fossemos um bocado de papel sujo… Possivelmente, se escrevessem, se divulgassem, poderiam ser melhor compreendidos, pelo menos, pelos mais cultos…
Mas “amigona”, sabes que gosto de escrever, para dizer o que não digo e descrever o que a imaginação me proporciona, mesmo que seja diabolicamente imaginativo…
Sabes que sou uma apaixonada incondicional do que se escreve sob a acção da imaginação, pois que me dá um gozo imenso transportar para gentes reais, o que as irrealidades da mente nos oferecem…
Amiga! Apaixonei-me! Estou mesmo “doida”… será? Tenho de enfrentar o Mundo, os Astros e toda animalária que povoa isto tudo… e ainda por cima, por alguém acéfalo, que se reduz ao que os outros pensam e dizem, que não sabe ler e que se julga dono do mundo…porque vive de intimidades com “um” outra pessoa… Já viste como o nosso Globo está enigmático…? Não reproves, porque não há nada a reprovar. NADA! E isso é o que me destrói…nada! E haverá alguém, algum dia, que diga que sou a pessoa mais importante do mundo, sem dar nada, sem querer nada…apenas o que procuro desde a idade das cavernas? … Mas há, há o suficiente para escrever, escrever sem fim, imaginar e escrever sem fim, ver amigos a definhar por angústias indecifráveis para a maioria que os rodeia, ver guerras indiscutivelmente inúteis, observar que se perde tempo com estudos que se deitam fora ou se arrumam em prateleiras empoeiradas…enquanto isto, a pessoa que conheceste no Casino, continua a fazer voos rasantes no seu Halfa Jet particular, a experiênciar voos de hélio, a jogar Ténis ou Golf e a contar os milhões que a banca dá… mas que a mim nada dizem… Amizades para servir de tapete…Não! Tenho a experiência de muitas décadas… e não dá nada…
Nela, foi terrível ter sentido o que sabes, aquando fragilizada pelos acontecimentos mais noticiados e de tanta desumanidade…como é que pude estar a sentir, como pude reagir à voz, ao olhar, à pele… andava morta sem ter morrido… e agora revolta-me o saber, do que queria ignorar…
A minha saudade veio, acariciou minha imaginação e sempre a sorrir cantou… “petite fleur…”
08.07.05
1 Comments:
Estou de volta :)
Beijos minha querida... e uma linda semana pra você!
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